Balanceamento
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Balanceamento
7 dez 2022•Última atualização: 20 junho 2024
As bolsas no mundo seguem em queda numa tendência a aversão ao risco após dados mais fracos da economia chinesa trazerem preocupações com a economia mundial.
Os dados da balança comercial no gigante asiático mostraram que as exportações caíram 8,7% na comparação ano a ano, a queda mais acentuada desde fevereiro de 2020 e bem abaixo das expectativas dos analistas.
Já as importações recuaram 10,6% com as políticas restritivas em relação ao coronavírus sendo um dos principais fatores que pesaram na demanda doméstica, o saldo comercial caiu para USD 69,8 bi.
Diante desses dados, a China vem flexibilizando restrições do Covid Zero para reduzir as indignações públicas e estimular o crescimento. O governo avalia nesse meio tempo a meta de crescimento para o PIB de 5% no próximo ano.
Para um governo mais centrado, como é o de Pequim, crescimento econômico é uma ferramenta importantíssima para manter a legitimidade junto a população.
Nos Estados Unidos o mercado que operava em um rally localizado após falas do presidente do FED, Jerome Powell, repercutirem bem entre os investidores, principalmente por trazer uma mensagem de um aumento mais brando na semana que vem.
Entretanto, os investidores por lá começaram a ver uma perspectiva de recessão já para 2023, intensificando a aversão ao risco observada em outras praças. A inversão dos rendimentos já atinge a máxima de 40 anos, com as taxas de 10 anos abaixo das de 2 anos. É a maior diferença desde os anos 80.
No Brasil, a PEC foi aprovada na CCJ e trouxe sinais “menos piores” ao mercado com o valor de BRL 145 bi aprovados fora do teto para financiar programas de transferência de renda versus BRL 175 bi orçados pelo governo. O texto ainda prevê uma âncora fiscal definida para o ano de 2023.
O plenário do Senado discutirá a PEC da transição em sessão marcada para a tarde. O texto ainda terá que passar pela Câmara.
Por fim, os investidores devem ficar atentos hoje ao COPOM, o esperado é que a Selic seja mantida no atual patamar, porém é a ata da reunião e o tom do BC quanto ao cenário fiscal que vem trazendo ansiedade aos investidores.
Análise técnica Ibovespa
O Ibovespa nesta terça-feira finalizou o pregão com uma leve alta de 0,72% aos 110.188 pontos. Apesar da alta, o ativo não superou patamares importantes, e por isso, continua dentro de uma zona de congestão.
Dessa forma, o melhor cenário seria aguardar o ativo sair dessa zona mais travada para a abertura de posições, já que está sem uma tendência bem definida no curto prazo. O que traz um viés um pouco mais negativo, seria o fato de o Ibov estar sendo negociado abaixo das médias móveis, podendo testar novamente a região dos 108.700 pontos no curto prazo.
Para a retomada de um viés mais positivo, o primeiro sinal seria a superação dos 112.610 pontos, dando continuidade ao movimento de alta dos últimos dois pregões. Caso venha a perder os 108.500 pontos, aumenta-se a probabilidade de continuar um movimento de baixa.
Análise técnica S&P500
O S&P500 fechou essa terça-feira com uma queda de 1,53% aos 3.942 pontos, sendo o quarto dia consecutivo no campo negativo e testou a região de média móvel de maior período.
Pensando em tendência, a perda dos 4.089 pontos anulou a tendência de alta que o ativo se encontrava no curto prazo.
Entretanto, o índice está sendo negociado em um nível importante aos 3.930 pontos. Ou seja, a perda desse nível aumenta a expectativa de que o ativo continue o movimento de baixa.
Para a retomada de um viés mais positivo, o primeiro sinal seria a superação dos 4.011 pontos, voltando acima da média móvel de período mais curto.
Commodities
O petróleo segue caindo após ter despencado mais de 3% na sessão de ontem e voltar aos níveis de preço de dezembro do ano passado com preocupações no lado da demanda. O WTI praticamente zerou os ganhos deste ano depois desse movimento de correção.
Minério de ferro segue a mesma direção, com os investidores avaliando os dados da balança comercial chinesa e os caminhos a serem adotadas para estimular a economia e alcançar a meta de crescimento de 5% do PIB para o próximo ano.
Análise técnica petróleo
O petróleo nessa terça-feira também fechou no campo negativo com uma queda de 3,96% aos USD 79,74/barril, continuando um movimento forte de baixa pelo segundo dia consecutivo. Isso aumenta o viés negativo para o curto prazo já que perdeu os USD 80,76/barril (nível de preço importante).
Para anular completamente a tendência de baixa que se encontra no curto prazo, o ativo precisa voltar a ser negociado nos USD 89,26/barril. Porém, o primeiro sinal positivo, mostrando uma possível mudança de tendência, seria a superação dos USD 85,00/barril.
Analistas responsáveis
Dalton Vieira – Analista CNPI-T
- + 15 anos de experiência no mercado financeiro;
- Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910);
- Credenciado pela Apimec desde 2010;
Desenvolvedor do método DV de investimentos.
Leonardo Gibelli – Analista CNPI-T
- Analista CNPI-T;
- Analista CNPI-T EM-3376 credenciado pela Apimec;
- Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Erik Sala – Especialista Em FIIs E Renda Fixa
Graduando em Economia pela UFG e especialista em Fundos Imobiliários. Assistente de análise responsável pela carteira DV Renda Imobiliária.
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DVinvest
A DVinvest é a casa de análise fundada pelo renomado analista Dalton Vieira, que possui em sua equipe profissionais altamente especializados em análise fundamentalista e técnica de ações.
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