De olho (sempre) na China! - II
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De olho (sempre) na China! - II
29 nov 2022•Última atualização: 20 junho 2024
Macro
Após um início de semana averso ao risco, as principais praças do mercado financeiro amanhecem com apetite ao risco com a diminuição dos protestos que irromperam semana passada na China.
Os investidores especulam que os protestos possam servir como pressão para o governo de Pequim relaxar mais as restrições da política Covid Zero por lá, trazendo uma onda de maior apetite ao risco.
A fila de espera para um iPhone novo está chegando em 37 dias para o modelo 14 Pro.
A fábrica da Foxconn na China é o epicentro dos protestos. A maior parte das commodities metálicas, incluindo o minério de ferro, caminha para um novembro de recuperação nos preços.
Com melhora na situação da China, os yileds dos treasuries americanos caem.
Ontem, o indicador de treasuries mundiais indicou pela primeira vez em duas décadas uma inversão, em mais um indicador de recessão se confirmando.
Por aqui, após o jogo entre o Brasil e a Suíça, os olhos dos investidores se voltaram para a PEC de Transição que foi protocolada.
O governo pede BRL 175 bi fora do teto até 2026 para garantir os programas sociais propostos.
O governo vai precisar do apoio de 308 dos 513 deputados, além de 45 dos 81 senadores, antes do prazo de 22 de dezembro, no primeiro teste de fogo do governo eleito.
Haddad foi convidado por Lula para participar de reuniões do grupo de transição do governo eleito, mas negou ontem ao GloboNews que tenha sido convidado para a Economia.
Mercado Interno
No local, o IGP-M de novembro registrou deflação de 0,56% superando as estimativas que era de uma deflação de 0,35%.
Os DIs futuros já apresentam queda na abertura do mercado e podem estender a correção que se observou ontem.
Análise Técnica
O Ibovespa nesta segunda-feira finalizou o pregão com uma leve queda de 0,18% aos 108.782 pontos, sendo o segundo dia consecutivo de baixa.
Isso mantém o viés mais negativo para o índice no curto prazo, onde a perda dos 107.860 pontos indica que o ativo pode continuar esse movimento de baixa, testando um nível importante.
Para a retomada de um viés mais positivo, o primeiro sinal seria a superação dos 112.500 pontos, ficando acima de região de preço importante e das médias móveis.
Mercado Externo
Análise Técnica
O S&P500 fechou essa segunda-feira com uma queda de 1,52% aos 3.967 pontos.
Com essa queda, o ativo devolveu praticamente toda a alta apresentada em três dias, mas se encontra em uma região importante (média móvel).
Dessa forma, a perda dos 3.956 pontos aumenta a probabilidade de o índice continuar o movimento de baixa no curto prazo.
Para aumentar o viés positivo, a superação dos 4.044 pontos indica que o índice pode dar continuidade a tendência de alta que se encontra no curto prazo, onde o próximo nível importante seria os 4.118 pontos.
Commodities
Revertendo o cenário observado ontem em relação aos protestos na China, as commodities apresentam forte valorização com os investidores enxergando saídas positivas nos protestos da China, o minério de ferro sobe mais de 2% em Singapura.
No Petróleo, os analistas avaliam quais serão os próximos passos da Opep.
Há o indicativo de reduzir a produção em 2 milhões de barris por dia com o mercado sinalizando excesso na oferta.
Se o Brent cair abaixo dos USD 80 dólares, a expectativa é de ação por parte do cartel.
Análise Técnica
O petróleo fechou essa segunda-feira dando continuidade ao movimento de baixa que vem apresentando nas últimas semanas, com uma queda de 0,80% aos USD 83,21/barril.
Dessa forma, o ativo segue em tendência de baixa no curto prazo, e a perda dos USD 83,57/barril indica que o petróleo pode dar continuidade nesse movimento de baixa, voltando a ser negociado nos USD 82,36/barril (próximo nível importante mais abaixo).
Porém, após esse longo movimento de baixa, aumenta-se a probabilidade de o índice passar por uma correção nos próximos dias, seja no tempo (movimento mais lateral) ou no preço (buscando a média móvel).
Vale lembrar que para anular completamente a tendência de baixa que se encontra no curto prazo, o ativo precisa voltar a ser negociado nos USD 96,12/barril.
Analistas responsáveis
Dalton Vieira – Analista CNPI-T
- + 15 anos de experiência no mercado financeiro;
- Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910);
- Credenciado pela Apimec desde 2010;
Desenvolvedor do método DV de investimentos.
Leonardo Gibelli – Analista CNPI-T
- Analista CNPI-T;
- Analista CNPI-T EM-3376 credenciado pela Apimec;
- Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Erik Sala – Especialista Em FIIs E Renda Fixa
Graduando em Economia pela UFG e especialista em Fundos Imobiliários. Assistente de análise responsável pela carteira DV Renda Imobiliária.
Disclaimer
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A DVinvest é a casa de análise fundada pelo renomado analista Dalton Vieira, que possui em sua equipe profissionais altamente especializados em análise fundamentalista e técnica de ações.
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