Ibovespa cai 0,88%, em dia negativo para boa parte dos papéis

O Ibovespa fechou em queda (-0,88% aos 101 mil pontos), seguindo o mesmo ritmo das bolsas americanas que mais uma vez fecharam no vermelho na onda de novos dados econômicos mais fracos, abastecendo a narrativa de que a economia americana finalmente entrará em recessão.

Por aqui, Petrobras fechou no positivo após dia volátil dada a declaração do ministro de minas e energias de que a política de preços da estatal será alterada.

O dia negativo para boa parte dos papéis, no entanto, acabou por levar o índice para próximo do patamar psicológico dos 100 mil pontos novamente.

Dólar

O dólar fechou em queda (-0,64% a R$ 5,05), na contramão do sinal observado ao redor do mundo, com ganho da divisa americana frente a moedas de exportadores de commodities e emergentes.

O aceno do presidente do BC para o lado positivo do arcabouço fiscal, além do alto patamar de juro real que favorece o carry trade, podem ser tidos como os principais motivadores da performance do real.

Curva de juros

A curva de juros fechou em queda ao longo de todos os vértices, com uma ajuda do melhor ambiente para a renda fixa global, com queda do juros americanos.

Por aqui, a declaração de Roberto Campos colocando a visão do BC sobre a nova regra fiscal como positiva e reconhecendo o esforço de Fernando Haddad para aprovar a medida deram espaço para que os operadores tivessem uma leitura mais benéfica da situação de política monetária.

O presidente do Bacen não deu pistas sobre eventuais quedas de juros e o movimento observado no curva foi de perda de inclinação, com queda dos vencimentos mais longos, o que é sinal de que os investidores estão mais otimistas com o panorama fiscal.