Ibovespa sobe 1,15% com prévia da inflação abaixo do esperado

O Ibovespa fechou em alta (+1,15% aos 110.100 pontos), se aproveitando de uma leitura benéfica do IPCA-15, o que deu fôlego para as empresas ligadas à economia domésticas, principalmente aquelas mais sensíveis ao acesso a crédito, no segmento de consumo massificado, além das companhia com balanços mais alavancados.

A alta poderia ter sido ainda maior, não fosse a performance mais uma vez fraca das produtoras de commodities, refletindo a realidade de uma economia chinesa que ainda não ganhou tração como o esperado no pós-covid, o que levou à compressão de preço das matérias primas no mercado internacional nos últimos 6-9 meses.

Dólar

O dólar fechou em alta (+1,65% a R$ 5,04), seguindo na mesma direção da onda global de valorização da divisa americana nessa quinta-feira.

O impasse em torno da dívida pública dos EUA tem deixado o mercado em alerta, o que coloca pressão em ativos de riscos.

Embora as chances de o imbróglio não ser resolvido a tempo seja baixa, os operadores monitoram atentos ao desenrolar da situação.

Curva de Juros

Por aqui, as perspectivas de um juros mais baixo de modo mais rápido se contrastou com um leve aumento na expectativa de novo aumento do juro americano, o que diminui a expectativa de retorno do carry-trade e influenciou a cotação do par.

A curva de juros fechou em queda relevante ao longo de praticamente todos os vencimentos.

A divulgação do IPCA-15 foi melhor do que o esperado, em leitura de 0,51% contra expectativa de 0,64%, foi o grande motor dessa queima de prêmios.

O mercado espera que isso se transfira para o IPCA, dando espaço para revisão das estimativas mais longas, algo que o Banco Central tem batido quando considera cortes na Selic.

A abertura qualitativa foi positiva, com queda em serviços e nos núcleos, o que foi reconhecido pelo presidente da autoridade monetária, apesar de também ter ponderado que o processo ainda segue de lento.