Impacto!
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Impacto!
13 dez 2022•Última atualização: 20 junho 2024
Antes da decisão do FED sobre os juros o que movimenta a sessão lá fora é o dado do CPI que pode confirmar as apostas de um aumento de 50 bps pelo FOMC ou pode dar o tom de aumentos mais contundentes, que estão fora do preço.
O CPI americano ficará conhecido as 10:30 no horário de Brasília e deve mostrar uma desaceleração ano contra ano de 7,3%, seria a leitura mais baixa em 11 meses, dado que deixaria o mercado mais otimista, apostando em um aperto monetário mais brando. O FED divulga na quarta-feira a decisão da taxa de juros.
Ontem o índice americano esboçou uma alta significativa, quebrando o compasso de espera que vinha sendo a realidade, muitos operadores já aderiram movimentos de risco no portfólio antecipando leitura mais branda no CPI.
No mercado local, ontem foi dia de capitulação com a diplomação do presidente eleito e confirmações na área econômica, com Fernando Haddad assumindo a pasta da economia e possivelmente Aloísio Mercadante indo para o BNDES, fato que desagradou muito o mercado pelo perfil de irresponsabilidade fiscal que o nome carrega.
O presidente do BCB, Roberto Campos Neto, já deu declarações que créditos subsidiados via bancos públicos podem alterar a dinâmica de juros por aqui. O mercado aguarda as impressões da reunião que ocorre entre o presidente do BCB e Haddad no dia de hoje.
A ata do Banco Central, no radar de muitos operadores do mercado, indicou sem surpresas, preocupações com o fiscal, porém sem dar maiores pistas sobre um novo aumento na nossa taxa de juros.
Não ajudou declarações de membros do governo eleito sobre o fim da lei das estatais. Tudo, porém, ainda é muito incipiente e baseado em rumores, o que pode atrapalhar um julgamento mais realista sobre o que de fato está se passando em Brasília.
Por fim, os investidores seguem de olho nas movimentações de manifestantes na Capital Federal, que na noite de ontem passou por protestos mais violentos em vários pontos da cidade, é necessário ficar atento ao que se passa por lá.
Análise técnica Ibovespa
O Ibovespa nesta segunda-feira finalizou o pregão com uma forte queda de 2,02% aos 105.343 pontos. O índice chegou a apresentar uma queda de 3,39% durante o dia, porém acabou devolvendo uma parte dela. Dessa forma, o mês de dezembro está sendo um mês bem negativo para a bolsa, com uma baixa acumulada de 6,35%.
Portanto, o Ibov segue com uma expectativa mais negativa para o curto prazo. Dessa forma, a perda dos 103.876 pontos indica que esse movimento de baixa pode continuar nos próximos dias, tendo como próximo nível importante mais abaixo os 103.000 pontos.
Para a retomada de um viés mais positivo, o primeiro sinal seria a superação dos 108.800 pontos, voltando a ser negociado acima de média móvel de curto período.
Análise técnica S&P500
O S&P500 fechou essa segunda-feira com uma alta de 1,40% aos 3.985 pontos, se mantendo acima da média móvel de período mais longo e devolvendo toda a queda apresentada na sexta-feira.
Caso o índice supere os 3.991 pontos, a expectativa para os próximos dias se torna mais positiva, onde pode voltar a ser negociado nos 4.037 pontos. Já a perda dos 3.911 pontos indica que o S&P pode dar continuidade ao movimento de baixa.
Commodities
Não dá para falar das commodities sem refletir sobre a rápida reabertura que passa a China, com número de casos aumentando, porém a situação ainda se mostra sob controle, sendo um fator que impulsiona o Petróleo, que segue em alta, continuando o movimento visto ontem.
Já o minério de ferro ainda passa por uma correção com preocupações quanto a recuperação do setor imobiliário e a demanda.
Análise técnica petróleo
O petróleo nessa segunda-feira fechou no campo positivo com uma alta de 1,84% aos USD 78,20/barril. Este é o segundo dia consecutivo que o ativo termina em alta, e por isso, aumenta-se a probabilidade do petróleo passar por uma correção (repique de alta) nos próximos dias, buscando a região de média móvel nos USD 81,32/barril.
Entretanto, o ativo segue em tendência de baixa no curto prazo, em que a perda dos USD 76,26/barril indica que o petróleo pode dar continuidade a esse movimento negativo.
Para anular completamente a tendência de baixa que se encontra no curto prazo, o ativo precisa voltar a ser negociado nos USD 89,26/barril. Porém, o primeiro sinal positivo, mostrando uma possível mudança de tendência, seria a superação dos USD 81,40/barril.
Analistas responsáveis
Dalton Vieira – Analista CNPI-T
- + 15 anos de experiência no mercado financeiro;
- Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910);
- Credenciado pela Apimec desde 2010;
Desenvolvedor do método DV de investimentos.
Leonardo Gibelli – Analista CNPI-T
- Analista CNPI-T;
- Analista CNPI-T EM-3376 credenciado pela Apimec;
- Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Erik Sala – Especialista Em FIIs E Renda Fixa
Graduando em Economia pela UFG e especialista em Fundos Imobiliários. Assistente de análise responsável pela carteira DV Renda Imobiliária.
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DVinvest
A DVinvest é a casa de análise fundada pelo renomado analista Dalton Vieira, que possui em sua equipe profissionais altamente especializados em análise fundamentalista e técnica de ações.
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