No Focus, mais inflação!

Após semana turbulenta, principais bolsas na Europa e EUA abrem essa semana em alta. As baixas da semana passada foram as piores desde dezembro passado e ocorreram em meio a mudança de expectativas (novamente) do mercado em relação aos bancos centrais, que devem manter juros mais restritivos por algum tempo.

Dados de inflação e emprego mostraram que a batalha contra inflação não está tão perto ainda de ser vencida. O mercado começa a precificar a taxa terminal de juros nos EUA em 5,4% contra 5% no inicio do ano.

Nas commodities, petróleo opera próximo a estabilidade em meio a notícias de interrupção da oferta na Polônia e maior demanda vindo da China. Apesar do noticiário altista para o petróleo, preocupações com FED mais agressivo e atividade tem segurado os preços.

O minério de ferro tem forte baixa após o anúncio de interrupção momentânea no seu principal centro siderúrgico em Tangshan para reduzir a poluição do ar, antes de convenções políticas no país.

Não seria a primeira vez que isso ocorre, sendo comum esse tipo de interrupção na proximidade de algum grande evento.

Aqui no Brasil, mercado monitora de perto as projeções do boletim Focus, que trouxeram novos aumentos na previsão de inflação para 2023 e 2024, pela quinta semana consecutiva. Nesta terça, até o momento, deve se encerrar a desoneração nos combustíveis, causando temores de inflação.

O Tesouro Nacional publica o primeiro resultado do governo central desde a posse de Lula, a expectativa do mercado é de superavit de BRL 78,5 bi. Levemente acima dos BRL 76 bi do ano passado.

Análise técnica Ibovespa

O Ibovespa nesta sexta-feira fechou em baixa de 1,67% aos 105.798 pontos. Essa queda contribui para o aumenta do viés negativo no curto prazo.

Ou seja, a expectativa para os próximos dias segue de baixa, onde a perda dos 105.359 pontos aumenta essa probabilidade.

Análise técnica S&P500

O S&P500 nessa sexta-feira fechou em queda de 1,05% aos 3.970 pontos. O índice acabou perdendo por completo a região de média móvel, o que aumenta o viés negativo no curto prazo. Porém após esse longo.

Análise técnica petróleo

O petróleo nesta sexta-feira terminou o pregão em alta de 0,75% aos USD 82,81/barril. Fechando no campo positivo pelo segundo dia consecutivo, porém ainda sendo negociado abaixo das médias móveis e testando uma região de preço importante. Para a retomada do viés totalmente positivo, é importante que o petróleo busque os USD 85,00/barril.

Análise técnica dólar

O dólar terminou essa sexta-feira em alta de 1,42% em 5,21 dólar/real. Essa alta mostrou força do ativo, o que aumenta a expectativa de continuar esse movimento de alta nos próximos dias.

Analistas responsáveis

Dalton Vieira – Analista CNPI-T

• + 15 anos de experiência no mercado financeiro;
• Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910);
• Credenciado pela Apimec desde 2010;
  
  Desenvolvedor do método DV de investimentos.

Leonardo Gibelli – Analista CNPI-T

• Analista CNPI-T;
• Analista CNPI-T EM-3376 credenciado pela Apimec;
• Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Erik Sala – Especialista Em FIIs E Renda Fixa

Graduando em Economia pela UFG e especialista em Fundos Imobiliários. Assistente de análise responsável pela carteira DV Renda Imobiliária.

Disclaimer

De acordo com a Resolução CVM nº 20, de 25 de fevereiro de 2021, Art. 21º, declaro que as análises realizadas neste relatório refletem única e exclusivamente a opinião dos autores, e foram elaboradas de forma independente e autônoma.

De acordo com o art. 21 da ICVM 598/18, caso o Analista esteja em situação que possa afetar a imparcialidade do relatório ou que configure ou possa configurar conflito de interesse, este fato deverá estar explicitado no campo “Conflitos de Interesse” deste relatório.

As informações, estimativas e projeções contidas neste relatório referem-se à data de publicação e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal alteração.

Imagem: © Marcello Casal Jr/Agência Brasil