Censo 2022: População em favelas cresce e atinge 8,1% dos brasileiros

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Censo 2022: População em favelas cresce e atinge 8,1% dos brasileiros

8 nov 2024Última atualização: 8 novembro 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money
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O Censo 2022, divulgado hoje pelo IBGE, revela que o número de favelas e comunidades urbanas no Brasil praticamente dobrou em doze anos, passando de 6.329 em 2010 para 12.348 em 2022.

Esses locais abrigavam 16.390.815 pessoas, representando 8,1% da população do país. Em 2010, 6% dos brasileiros viviam em favelas, onde residiam cerca de 11,4 milhões de pessoas.

As favelas mais populosas do Brasil

Entre as favelas e comunidades urbanas do Brasil, a Rocinha, no Rio de Janeiro, segue como a maior em população, com 72.021 moradores. Em seguida, estão Sol Nascente, em Brasília (70.908 habitantes), Paraisópolis, em São Paulo (58.527 habitantes) e Cidade de Deus/Alfredo Nascimento, em Manaus (55.821 habitantes).

Das 20 maiores favelas em número de habitantes, oito estão na Região Norte (sete delas em Manaus), sete no Sudeste, quatro no Nordeste e uma no Centro-Oeste.

Amazonas lidera percentual de moradores em favelas

Os estados com maior proporção de moradores vivendo em favelas são Amazonas (34,7%), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%). Em número de domicílios, a Rocinha lidera com 30.371 residências, seguida por Rio das Pedras, também no Rio de Janeiro, com 23.846 domicílios, e Sol Nascente, em Brasília, com 21.889 unidades.

População jovem e diversidade étnica

Os dados do Censo indicam que a população nas favelas é mais jovem que a média do país. Enquanto a idade mediana da população brasileira é de 35 anos, nas favelas, essa média é de 30 anos.

O índice de envelhecimento – que compara o número de idosos com o de crianças – é bem menor nas favelas: 45 idosos para cada 100 crianças, em contraste com a média nacional de 80.

Em termos de composição étnica, as favelas e comunidades urbanas apresentam uma maior proporção de pessoas pardas (56,8%) e pretas (16,1%) em comparação com a população total do Brasil (45,3% de pardos e 10,2% de pretos). Por outro lado, a proporção de pessoas brancas é consideravelmente menor, representando 26,6% da população nas favelas, frente aos 43,5% na população total.

Estrutura de estabelecimentos nas favelas

O Censo identificou 958.251 estabelecimentos nas favelas e comunidades urbanas, dos quais 7.896 são unidades de ensino, 2.792 são estabelecimentos de saúde e 50.934 são templos ou espaços religiosos.

A relação é notável: há 18,2 estabelecimentos religiosos para cada unidade de saúde e 6,5 para cada escola.

Esse panorama destaca não apenas o crescimento populacional nessas áreas, mas também as diferenças demográficas e estruturais entre as favelas e o restante do país, revelando um Brasil diverso e em transformação.

Foto: Acervo IBGE

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