Focus: IPCA sobe para 5,58% e mercado mantém Selic em 15% para 2025

O Banco Central divulgou nesta quarta-feira (7) o Boletim Focus, trazendo as projeções mais recentes do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. O destaque da semana é a alta na projeção da inflação para 2025, enquanto as previsões para a taxa Selic permanecem inalteradas.

Os economistas elevaram a estimativa para o IPCA de 5,51% para 5,58% em 2025, sinalizando uma deterioração do cenário inflacionário. Essa foi a 17ª alta consecutiva na previsão, reforçando a preocupação do mercado com a dinâmica dos preços.

Para 2026, a projeção também subiu, passando de 4,28% para 4,30%. Já para 2027 e 2028, as previsões foram mantidas em 3,90% e 3,78%, respectivamente.

Selic segue em 15%

A Selic, principal ferramenta do Banco Central para conter a inflação, foi mantida em 15% para 2025, indicando que o mercado continua apostando em juros elevados por um período prolongado. Para 2026, a previsão ficou em 12,50%, sem alterações. Já para 2027 e 2028, houve um leve aumento, com as projeções subindo de 10,50% para 10,50% e 10,00% para 10,00%, respectivamente.

PIB desacelera

A projeção de crescimento do PIB para 2025 caiu de 2,06% para 2,03%, sugerindo uma leve desaceleração na economia. Para 2026, o mercado reduziu a estimativa de 1,72% para 1,70%, refletindo um cenário de crescimento mais moderado nos próximos anos.

Câmbio segue estável

As projeções para o dólar em 2025 permaneceram inalteradas em R$6,00. Para 2026, o mercado também manteve a projeção em R$6,00, sinalizando um cenário de estabilidade cambial. No entanto, para 2028, a estimativa caiu de R$5,99 para R$5,99.

Resumo das projeções

• IPCA: 5,58% em 2025 (alta); 4,30% em 2026 (alta).
• Selic: 15% em 2025 (estável); 12,50% em 2026 (estável).
• PIB: 2,03% em 2025 (queda); 1,70% em 2026 (queda).
• Câmbio: R$6,00 em 2025 (estável); R$5,99 em 2028 (queda).

Os dados do Boletim Focus reforçam a percepção de que o Banco Central pode manter uma política monetária restritiva por mais tempo para conter as pressões inflacionárias.