Ibovespa excede máxima histórica enquanto petróleo e minério recuam
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Ibovespa excede máxima histórica enquanto petróleo e minério recuam
4 jul 2025


Mercado internacional
Nesta sexta-feira, 4 de julho, as bolsas norte-americanas permaneceram fechadas em função do feriado nos Estados Unidos, reduzindo o giro financeiro e a volatilidade nos mercados globais. Na Europa, as bolsas terminaram o dia em queda, com recuo médio de 1,2%. Já na Ásia, os índices apresentaram desempenho misto: o índice de Hong Kong recuou 0,64%, enquanto o índice Nikkei, do Japão, manteve-se praticamente estável, registrando alta de somente 0,06%.
Commodities
O mercado de commodities apresentou tendência negativa no pregão da quinta-feira. O barril do petróleo tipo Brent sofreu uma queda de 0,82%, indicando um sinal de baixa de curto prazo. O minério de ferro também recuou, com baixa de 0,56%, após dois dias consecutivos de alta significativa. Apesar do recuo, o minério segue cotado próximo a US$ 96, mantendo viés de alta, enquanto o petróleo Brent opera na faixa dos US$ 68 por barril.
Ibovespa
O Ibovespa fechou a quinta-feira com valorização de 1,35%, atingindo uma nova máxima histórica em 140.927 pontos. A máxima intradiária chegou a 141.303 pontos. Para confirmar a força desse rompimento, o índice precisa se manter acima da mínima entre 140.109 e 140.381 pontos. Caso o Ibovespa retorne abaixo da mínima do pregão anterior, em 139.050 pontos, poderá evidenciar um falso rompimento, sinalizando uma possível correção de curtíssimo prazo.
Dólar
O dólar registrou queda de 0,3% no fechamento da quinta-feira, cotado a R$ 5,448. O movimento reforça a tendência de baixa de curto prazo, com suporte imediato na região de R$ 5,447 e próximo suporte adicional em R$ 5,428. Apesar da queda, o enfraquecimento desse movimento já dá sinais, sem, contudo, apresentar confirmação de reversão para alta. Para tal, o dólar precisaria superar resistências em R$ 5,512 e, mais decisivamente, fechar acima de R$ 5,547 e R$ 5,620 para alterar a tendência vigente.
Petrobras (PETR4)
A Petrobras fechou o pregão de quinta-feira em alta de 0,34%, negociada a R$ 32,16. O ativo conseguiu superar a máxima do pregão anterior, o que reforça o viés de alta no curto prazo. Tecnicamente, a ação retoma a tendência de alta de curto prazo, porém ainda dentro de uma tendência indefinida. O patamar de resistência está próximo a R$ 33,34. Por outro lado, a perda do suporte em R$ 31,10 indicaria pressão negativa e enfraquecimento no cenário de alta. A região entre R$ 31,48 e R$ 31,10 é, portanto, crucial para a sustentação do movimento.
Vale (VALE3)
A Vale encerrou o pregão com queda de 0,47%, cotada a R$ 55,04, respeitando uma resistência importante em torno de R$ 55,69. A tendência para o ativo está indefinida, mas há expectativa de retomada da alta de curto prazo após a anulação da tendência de baixa recente. Para que compradores ganhem força, é fundamental que o preço se mantenha acima da região dos R$ 54,00, com suporte relevante em R$ 53,70. A perda da mínima do pregão anterior em R$ 54,82 pode aumentar a chance de correção natural após alta expressiva de 12,5% entre 25 de junho e o momento atual.


Dalton Vieira
Analista CNPI-T com mais de 18 anos de experiência no mercado financeiro. Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910). Credenciado pela Apimec desde 2010. Desenvolvedor do método DV de investimentos.
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