Índice de Preços ao Produtor sobe 0,13% em janeiro, com alta de 9,69% em 12 meses

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Índice de Preços ao Produtor sobe 0,13% em janeiro, com alta de 9,69% em 12 meses

14 mar 2025Última atualização: 14 março 2025

Agência BrasilAgência Brasil
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O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação dos preços na porta de fábrica, sem impostos e fretes, registrou alta de 0,13% em janeiro de 2025 em relação a dezembro de 2024. Esse foi o décimo segundo resultado positivo consecutivo, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (14). No acumulado dos últimos 12 meses, o IPP avançou 9,69%.

Setores com maiores variações

Dentre as 24 atividades industriais analisadas, 14 apresentaram alta nos preços em janeiro. As maiores variações foram observadas nos segmentos de:

  • Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+1,85%)
  • Outros produtos químicos (+1,72%)
  • Refino de petróleo e biocombustíveis (+1,49%)
  • Indústrias extrativas (-1,49%, única variação negativa entre os destaques)

Por outro lado, o setor de alimentos teve o maior impacto negativo no índice, contribuindo com -0,22 ponto percentual (p.p.) para o resultado de 0,13%. Já o refino de petróleo e biocombustíveis (+0,15 p.p.), outros produtos químicos (+0,14 p.p.) e as indústrias extrativas (-0,07 p.p.) se destacaram na composição do indicador.

Acumulado em 12 meses

No comparativo anual, os setores com as maiores altas foram:

  • Metalurgia (+26,77%)
  • Fumo (+17,47%)
  • Outros equipamentos de transporte (+17,32%)
  • Madeira (+15,69%)

O setor de alimentos foi o principal responsável pela variação do IPP em 12 meses, contribuindo com 3,36 p.p. do índice geral de 9,69%. Outros segmentos com grande influência foram metalurgia (+1,59 p.p.), outros produtos químicos (+1,10 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (+0,83 p.p.).

Impacto nas grandes categorias econômicas

Entre as grandes categorias, os resultados de janeiro foram os seguintes:

  • Bens de capital (BK): +0,53%
  • Bens intermediários (BI): -0,19%
  • Bens de consumo (BC): +0,53%, sendo:
    • Bens de consumo duráveis (BCD): +1,24%
    • Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND): +0,39%

No acumulado em 12 meses, os bens de consumo apresentaram a maior alta (+11,40%), seguidos por bens intermediários (+8,93%) e bens de capital (+6,99%). Bens intermediários, que têm maior peso na composição do índice (55,06%), foram responsáveis por 4,95 p.p. da variação total do IPP.

Análise setorial

Indústrias extrativas: Após três meses consecutivos de alta, os preços do setor recuaram 1,49% em janeiro, refletindo a queda nos preços de minérios metálicos. O indicador também voltou ao campo negativo no acumulado de 12 meses (-1,15%).

Alimentos: O setor registrou queda de 0,84% em janeiro, impactado pela redução nos preços do açúcar VHP, carnes bovinas e resíduos da extração de soja. Já o café torrado e moído teve alta devido à oferta global reduzida e à variação cambial.

Refino de petróleo e biocombustíveis: Com alta de 1,49% em janeiro, o setor acumula variação de 8,14% em 12 meses, impulsionado pelo aumento nos preços da gasolina e do óleo diesel.

Outros produtos químicos: O setor avançou 1,72% no mês e 14,31% em 12 meses, impulsionado pelo aumento nos preços de fertilizantes NPK, tintas e vernizes e inseticidas para uso agrícola.

Metalurgia: Após 13 meses de alta, o setor registrou leve queda de 0,54% em janeiro. No entanto, segue acumulando a maior variação entre todas as atividades analisadas no período de 12 meses (+26,77%), refletindo a valorização de metais como alumínio e cobre.

Agência Brasil

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A Agência Brasil é uma agência pública de notícias, que cobre temas de impacto no cenário nacional, em áreas como política, economia, inovação, cultura, saúde, educação, entre outros.

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