IPCA sobe 0,41% em novembro, aponta IBGE

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IPCA sobe 0,41% em novembro, aponta IBGE

9 dez 2022Última atualização: 20 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro teve alta de 0,41%, 0,18 ponto percentual abaixo do resultado de outubro.

A informação fio divulgada nesta sexta-feira (09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, o IPCA acumula alta de 5,13% e, nos últimos 12 meses, de 5,90%, abaixo dos 6,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2021, a taxa havia sido de 0,95%.

IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

 PeríodoTaxa
Novembro 20220,41%
Outubro 20220,59%
Novembro 20210,95%
Acumulado no ano5,13%
Acumulado nos últimos 12 meses5,90%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. Os maiores impactos no índice do mês vieram de Transportes (0,83%) e Alimentação e bebidas (0,53%), com 0,17 p.p. e 0,12 p.p., respectivamente.

Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro. A maior variação, por sua vez, veio de Vestuário (1,10%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quarto mês consecutivo. O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,02%) desacelerou em relação a outubro (1,16%) e ficou próximo da estabilidade, enquanto Habitação (0,51%) superou o mês anterior (0,34%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,68% em Artigos de residência e a alta de 0,21% em Despesas pessoais.

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
OutubroNovembroOutubroNovembro
Índice Geral0,590,410,590,41
Alimentação e bebidas0,720,530,160,12
Habitação0,340,510,050,08
Artigos de residência0,39-0,680,01-0,03
Vestuário1,221,100,060,05
Transportes0,580,830,120,17
Saúde e cuidados pessoais1,160,020,150,01
Despesas pessoais0,570,210,060,02
Educação0,180,020,010,00
Comunicação-0,48-0,14-0,03-0,01

A alta dos Transportes (0,83%) deve-se principalmente ao aumento dos combustíveis (3,29%), que haviam recuado 1,27% em outubro. Os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro. A exceção foi o gás veicular, com queda de 1,77%.

A gasolina exerceu o maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.). Além dos combustíveis, destacam-se as altas de emplacamento e licença (1,72%), automóvel novo (0,50%) e seguro voluntário de veículo (0,97%), que contribuíram conjuntamente com 0,07 p.p. No lado das quedas, os preços das passagens aéreas recuaram 9,80%, após as altas de 8,22% em setembro e 27,38% em outubro.

O grupo Alimentação e bebidas teve alta de 0,53%, puxado pelos alimentos para consumo no domicílio (0,58%). As maiores variações vieram da cebola (23,02%) e do tomate (15,71%), cujos preços já haviam subido em outubro (9,31% e 17,63%, respectivamente).

Além disso, houve alta nos preços das frutas (2,91%) e do arroz (1,46%).

O destaque no lado das quedas foi o leite longa vida (-7,09%), assim como já havia acontecido nos meses anteriores. No ano, a variação acumulada do produto, que chegou a 77,84% em julho, está agora em 31,20%. Houve recuo também nos preços do frango em pedaços (-1,75%) e do queijo (-1,38%).

A variação da alimentação fora do domicílio (0,39%) ficou abaixo do mês anterior (0,49%). Enquanto a refeição desacelerou de 0,61% em outubro para 0,36% em novembro, o lanche seguiu caminho inverso, passando de 0,30% para 0,42%.

No grupo Vestuário (1,10%), todos os itens tiveram variação positiva, exceto joias e bijuterias (-0,10%). Os destaques foram as roupas femininas (1,46%) e infantis (1,34%), além dos calçados e acessórios (1,03%). Em 12 meses, o grupo acumula alta de 18,65%.

A desaceleração no grupo Saúde e cuidados pessoais (0,02%) decorre principalmente da mudança de comportamento nos preços dos artigos de higiene pessoal, que passaram de alta de 2,28% em outubro para queda de 0,98% em novembro. Dois subitens se destacam: perfumes (-4,87%) e artigos de maquiagem (-3,24%). No lado das altas, a maior contribuição veio dos planos de saúde (1,20%), com 0,04 p.p. de impacto.

O resultado do grupo Habitação (0,51%) foi puxado pelas altas do aluguel residencial (0,80%) e da energia elétrica residencial (0,56%). No caso da energia elétrica, as áreas tiveram variações entre -2,93% em Vitória até 19,85% em Brasília, onde as tarifas para os clientes residenciais de baixa tensão foram reajustadas em 21,54%, a partir de 3 de novembro.

Também houve reajuste de 3,62% em uma das concessionárias de Porto Alegre (0,56%), vigente desde 22 de novembro.  Outro destaque no grupo foi a taxa de água e esgoto (0,58%), que variou positivamente devido aos reajustes de 11,82% no Rio de Janeiro (7,88%), vigente desde 8 de novembro, e de 10,15% em Belém (0,61%), em vigor desde 28 de novembro.

Ainda em Habitação, cabe ressaltar as quedas do gás de botijão (-0,37%) e do gás encanado (-0,70%). O preço do botijão de 13 kg vendido nas refinarias foi reduzido em 5,28% a partir do dia 17 de novembro. No caso do gás encanado, houve redução de 2,47% na tarifa cobrada no Rio de Janeiro (-2,17%), válida desde 1º de novembro.

Todas as áreas tiveram variação positiva em novembro. O maior índice foi o de Brasília (1,03%), por conta da alta da energia elétrica (19,85%). Já a menor variação foi em Vitória (0,09%), especialmente por conta da queda de 22,25% nos preços das passagens aéreas.

RegiãoPeso
Regional (%)
Variação (%)Variação
Acumulada (%)
OutubroNovembroAno12 meses
Brasília4,060,871,035,736,22
Goiânia4,170,530,954,204,80
Belo Horizonte9,690,540,543,894,67
Porto Alegre8,610,760,423,043,90
São Paulo32,280,660,405,956,69
Recife3,920,950,394,885,98
São Luís1,620,710,365,056,03
Rio de Janeiro9,430,410,346,307,04
Fortaleza3,230,610,285,125,70
Campo Grande1,570,470,274,775,27
Salvador5,990,610,265,886,97
Curitiba8,090,200,234,475,01
Rio Branco0,510,440,124,325,56
Aracaju1,030,580,125,336,30
Belém3,940,510,104,465,46
Vitória1,860,600,094,355,12
Brasil100,000,590,415,135,90

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 29 de novembro de 2022 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2022 (base). O

IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC tem alta de 0,38% em novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,38% em novembro, 0,09 p.p. abaixo do resultado de outubro (0,47%). No ano, o indicador acumula alta de 5,21% e, nos últimos 12 meses, de 5,97%, abaixo dos 6,46% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2021, a taxa foi de 0,84%.

Os produtos alimentícios passaram de 0,60% em outubro para 0,55% em novembro. Os preços dos não alimentícios também subiram menos, indo de 0,43% em outubro para 0,32% em novembro.

Nos índices regionais, apenas Aracaju (-0,04%) teve variação negativa em novembro, principalmente devido à redução nos preços do leite longa vida (-13,03%). Já a maior variação ocorreu em Brasília (1,20%), puxada pela alta da energia elétrica (19,36%).

RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação Acumulada (%)
OutubroNovembroAno12 meses
Brasília1,970,661,205,065,58
Goiânia4,430,420,954,825,53
Belo Horizonte10,350,450,633,864,66
Porto Alegre7,150,570,482,453,34
São Paulo24,600,480,376,497,13
Rio de Janeiro9,380,420,346,236,94
Recife5,600,880,315,456,57
São Luís3,470,710,295,636,68
Fortaleza5,160,600,295,285,90
Campo Grande1,730,450,234,815,28
Salvador7,920,480,216,417,67
Curitiba7,370,070,213,714,01
Belém6,950,250,154,555,46
Rio Branco0,720,250,123,774,85
Vitória1,910,450,103,804,31
Aracaju1,290,58-0,045,836,80
Brasil100,000,470,385,215,97

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 29 de novembro de 2022 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2022 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Fonte: IBGE

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