Pix supera cartões e deve dominar pagamentos presenciais no Brasil já em 2025

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Pix supera cartões e deve dominar pagamentos presenciais no Brasil já em 2025

15 abr 2025Última atualização: 15 abril 2025

Ana Claudia PivaAna Claudia Piva

A nova edição do estudo Global Payments Report 2025, da Worldpay, destacou o Brasil como um dos mercados mais dinâmicos e inovadores do mundo em meios de pagamento. De acordo com o levantamento, três em cada quatro brasileiros já utilizam o Pix, que não só superou os cartões nas compras online como também deve ultrapassá-los nas transações presenciais já em 2025.

Crescimento através da digitalização

Antes de mais nada, o estudo mostra que o Brasil se tornou referência global na adoção de pagamentos em tempo real (A2A), ao lado de Índia e Tailândia. Em 2014, os pagamentos A2A representavam apenas US$ 1 bilhão no e-commerce brasileiro. Em 2024, o número saltou para impressionantes US$ 35 bilhões, com projeção de atingir US$ 86 bilhões até 2030.

Nesse sentido, o Pix se consolidou como a principal infraestrutura de pagamentos do país. Segundo o relatório, o sistema brasileiro tem contribuído diretamente para a rápida queda do uso de dinheiro em espécie: a participação do dinheiro no ponto de venda caiu de 35% em 2020 para apenas 17% em 2024.

Mudança nos hábitos do consumidor

Ao mesmo tempo, o levantamento revela que o comportamento do consumidor brasileiro está cada vez mais digitalizado. Com a expansão de carteiras digitais e superapps como PicPay, a experiência de pagamento ficou mais integrada, reunindo funções de banco, e-commerce, cripto e até redes sociais em um só lugar.

Ainda mais relevante, 78% dos brasileiros afirmaram utilizar algum tipo de assinatura digital para acessar conteúdos, como música, streaming ou softwares. Já os cartões de crédito seguem como a principal forma de abastecimento dessas carteiras, segundo 53% dos entrevistados no país.

Brasil como destaque em inovação

De acordo com a Worldpay, o Brasil está entre os líderes mundiais na transformação dos meios de pagamento, graças a uma combinação de infraestrutura moderna, adesão massiva da população e um ecossistema de fintechs vibrante. “O Pix já representa o futuro dos pagamentos e seu impacto deve continuar crescendo com a expansão do e-commerce e a digitalização dos pequenos negócios”, afirma o estudo.

Além disso, o país é citado como um dos ambientes mais favoráveis para o avanço de tecnologias como pagamentos por aproximação, wallets, QR Codes e novas formas de crédito como o BNPL (Buy Now Pay Later).

Panorama global reforça tendência

Em um panorama mais amplo, o GPR25 projeta que:

  • Os pagamentos digitais vão representar 79% do e-commerce global até 2030;
  • O volume global de pagamentos A2A deve atingir US$ 3,8 trilhões até o fim da década;
  • A participação do dinheiro nas compras presenciais deve cair para 11% no mundo inteiro;
  • Os cartões, mesmo com concorrência digital, ainda responderão por cerca de 65% das transações quando considerados dentro das carteiras digitais.

Por fim, o relatório destaca que o Brasil é hoje vitrine para o mundo em termos de inovação financeira. O sucesso do Pix é citado como case global, e o país pode ser um dos primeiros a vivenciar uma economia quase sem dinheiro em circulação, com base em soluções digitais gratuitas, instantâneas e acessíveis a todos.

Ana Claudia Piva

Ana Claudia Piva

Jornalista profissional com mais de 20 anos de experiência (MTB 43.842/SP). Editora-chefe do Portal It's Money. Especialista em gestão de conteúdo pela Universidade Metodista de São Paulo e em Search Engine Optimization (SEO).

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