Superávit comercial do Brasil cai 52,7% em outubro, para US$ 4,343 bilhões, diz MDIC
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Superávit comercial do Brasil cai 52,7% em outubro, para US$ 4,343 bilhões, diz MDIC
6 nov 2024•Última atualização: 6 novembro 2024
O superávit da balança comercial brasileira registrou queda de 52,7% em outubro de 2024, somando US$ 4,343 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Apesar do saldo positivo, o desempenho foi impactado por um crescimento expressivo das importações e uma leve retração nas exportações no mês.
Exportações e importações em outubro
Em outubro, as exportações totalizaram US$ 29,462 bilhões, uma leve queda de 0,7% em relação ao mesmo período de 2023, quando somaram US$ 29,68 bilhões.
Por outro lado, as importações cresceram 22,5%, atingindo US$ 25,119 bilhões, em comparação com US$ 20,5 bilhões no mesmo mês do ano anterior.
A corrente de comércio, que é a soma das exportações e importações, alcançou US$ 54,58 bilhões, um aumento de 8,8% na comparação anual, refletindo o dinamismo das trocas comerciais no período.
Impacto por setores
A retração nas exportações foi puxada principalmente pela queda no desempenho dos seguintes setores:
- Agropecuária: Redução de 12,8%, impactada pela queda nas exportações de soja (-31,3%) e milho não moído (-32,8%).
- Indústria Extrativa: Recuo de 14,5%, com destaque para o declínio nas vendas de minério de ferro (-18,7%) e óleos brutos de petróleo (-10,8%).
- Indústria de Transformação: Contrapondo a tendência negativa, o setor registrou alta de 10,9%, impulsionado por produtos como carne bovina, açúcares e melaços, e celulose.
Acumulado do ano
No acumulado de 2024, o superávit comercial somou US$ 63,022 bilhões, representando uma leve redução frente ao mesmo período de 2023. As exportações alcançaram US$ 284,46 bilhões, um aumento marginal de 0,5%, enquanto as importações totalizaram US$ 221,438 bilhões, com alta de 9,5%.
Principais destinos e origens
Entre os principais destinos das exportações brasileiras, os destaques positivos foram os mercados da Europa, América do Norte e Oriente Médio.
Por outro lado, as vendas para a China, principal parceiro comercial do Brasil, apresentaram queda significativa de 23,3% em outubro, impactadas pela menor demanda por soja e minério de ferro.
Nas importações, a China liderou o crescimento, com alta de 46,4%, seguida por outros países da Ásia e América do Sul, como Argentina e Índia.
Redação It's Money
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