Superávit de "Petróleo e Derivados" ajuda a conter queda no saldo da balança comercial
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Superávit de "Petróleo e Derivados" ajuda a conter queda no saldo da balança comercial
17 set 2024•Última atualização: 17 setembro 2024
Em agosto de 2024, o superávit da balança comercial brasileira foi de US$ 4,8 bilhões, uma queda significativa em relação aos US$ 9,6 bilhões registrados no mesmo mês do ano anterior.
No acumulado do ano até agosto, o superávit totalizou US$ 54,1 bilhões, também abaixo dos US$ 62,4 bilhões de 2023. A queda se deve ao aumento das importações, que subiram 13,0% em agosto na comparação anual, enquanto as exportações recuaram 6,5% no mês.
No entanto, a forte alta nas exportações de "Petróleo e Derivados" (P&D), que subiram 17,9% em volume, ajudou a mitigar a queda no saldo da balança.
O saldo de P&D no acumulado de 2024 foi de US$ 20,3 bilhões, representando 37,5% do superávit total até agosto, evidenciando a importância crescente do petróleo bruto, que respondeu por 72% das exportações do grupo.
Crescimento das exportações de P&D
O aumento nas exportações de petróleo bruto foi especialmente expressivo para países como a China, Estados Unidos e União Europeia, com o produto se destacando entre os principais itens exportados para essas regiões.
Além disso, a guerra na Ucrânia contribuiu para o aumento das vendas, principalmente para o mercado europeu.
Queda nas exportações de outros produtos
Enquanto as exportações de P&D cresceram, outros setores apresentaram quedas. A exportação de soja, por exemplo, recuou 16,4% em valor e 4,1% em volume.
O milho também teve uma queda expressiva, com retração de 35,2% em volume. Na indústria extrativa, o valor das exportações de petróleo bruto caiu 5,3%, enquanto o minério de ferro recuou 13,7%.
Perspectivas para a balança comercial
As importações, lideradas pelo setor de bens intermediários e de capital, indicam um crescimento do nível de atividade econômica no Brasil.
A elevação das importações de bens de capital sugere expectativas positivas em relação aos investimentos e ao crescimento da economia para os próximos meses.
Desempenho regional
Em agosto, a Ásia (exceto China) foi o principal destino das exportações brasileiras, com alta de 16,7%, impulsionada por produtos como plataformas de perfuração e combustíveis.
Por outro lado, as maiores quedas nas exportações foram registradas para a Argentina (-14,9%) e outros países da América do Sul (-18,9%).
Fonte: FGV
Ana Claudia Piva
Jornalista profissional com mais de 20 anos de experiência (MTB 43.842/SP). Editora-chefe do Portal It's Money. Especialista em gestão de conteúdo pela Universidade Metodista de São Paulo e em Search Engine Optimization (SEO).
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