Banrisul (BRSR6) registra lucro líquido de R$ 247,3 mi no 2T24, alta de 9,2%

O Banrisul (BRSR6) reportou um lucro líquido de R$ 247,3 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), representando um aumento de 9,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Apesar dos desafios enfrentados devido às severas enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, o banco conseguiu manter sua operação sólida, apresentando uma melhora significativa nos indicadores de inadimplência e redução nos gastos com provisões para devedores duvidosos.

Já a margem financeira no 2T24 totalizou R$ 1,61 bilhões, um aumento de 15,9% em comparação ao 2T23, impulsionada pelo crescimento das receitas com juros.

 Além disso, a carteira de crédito alcançou R$ 54,7 bilhões, com crescimento de 6,2% em relação a junho de 2023, refletindo a ampliação no saldo em crédito rural e crédito imobiliário.

Confira abaixo os destaques financeiros divulgados pelo Banrisul:

Análise

Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest, considera o resultado bastante positivo, especialmente dado o contexto desafiador no Rio Grande do Sul.

"O banco foi pouco afetado de forma material, apesar de ainda estar avaliando potenciais perdas, mas sem grandes impactos no curto prazo", destaca o analista.

Reis também menciona que "operacionalmente, a inadimplência PJ começou a reduzir e os gastos com PDD caíram, fazendo com que o ROE do trimestre fosse próximo a 10%, um patamar positivo."

Apesar da evolução, o analista pondera: "No preço atual, a inconstância de resultados e os possíveis impactos futuros ligados ao crédito me fazem ficar de fora do ativo, mas o número do 2T apresentou forte evolução em relação ao começo do ano".

Veja outros resultados corporativos do 2T24 já divulgados pelas empresas.

Histórico de resultados BRSR6

Agora, confira abaixo o histórico de resultados do Banrisul (BRSR6), com um resumo dos principais números levantados no reporte das empresa, além da análise do especialista. Boa leitura!

Balanço Banrisul 4T23

Análise

"Gostei muito do resultado, o ROE problemático que tinha sido visto no 3T foi revertido e o valor está em 12,7% no 4T, algo muito bom", avalia Renato Reis.

Segundo ele, a inadimplência voltou a reduzir, o Basileia do banco aumentou e seu spread com os clientes também.

"O banco não conseguiu entregar uma recuperação no ROE desde 2020, mas o 4T23 parece ter dado um sinal bem positivo. Se o ROE voltar para o nível pré 2019, o banco ainda tem um potencial de alta interessante. Então, vamos ficar de olho. Porém, se os números continuarem melhorando, as coisas podem ficar interessantes", finaliza.