Confiança do Consumidor sobe pelo segundo mês consecutivo

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE registrou um aumento de 1,8 ponto em julho, atingindo 92,9 pontos.

Essa é a segunda alta consecutiva do índice, refletindo uma melhora nas expectativas dos consumidores para os próximos meses. Em termos de médias móveis trimestrais, o índice permaneceu praticamente estável, com uma ligeira variação de 0,1 ponto, alcançando 91,1 pontos.

“Em julho, a confiança dos consumidores aumentou pela segunda vez consecutiva, motivada principalmente pela melhora nas expectativas para os próximos meses, com forte alta do indicador de situação financeira futura das famílias", explica Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

Segundo ela, a avaliação dos consumidores sobre a situação presente, por outro lado, ficou estável no mês e continua caminhando de lado.

Além disso, a economista destaca que o aumento da confiança continua sendo impulsionado, majoritariamente, pelas faixas de renda mais baixas.

"Esse resultado parece estar alinhado com um mercado de trabalho mais aquecido e controle da inflação, fatores preponderantes para formar a percepção dos consumidores dessa faixa”, observa.

Índice de Expectativas (IE)

A elevação da confiança em julho foi impulsionada pelas expectativas dos consumidores em relação aos próximos meses, enquanto as avaliações sobre a situação atual se mantiveram estáveis.

O Índice de Expectativas (IE) subiu 3,0 pontos, atingindo 101,1 pontos, marcando sua segunda alta consecutiva. Em contrapartida, o Índice da Situação Atual (ISA) estabilizou-se em 81,6 pontos, mantendo-se no maior nível desde novembro de 2023, quando registrou 82,0 pontos.

Destaques

Entre os componentes do ICC, o indicador que mede as perspectivas para as finanças futuras das famílias foi o que mais contribuiu para a alta da confiança em julho, avançando 6,7 pontos e atingindo 107,1 pontos, o maior nível desde agosto de 2023.

O ímpeto de compras de bens duráveis também apresentou um aumento pela segunda vez consecutiva, subindo 2,7 pontos e chegando a 84,0 pontos. No entanto, as perspectivas para a situação futura da economia apresentaram um leve recuo de 0,9 ponto, caindo para 109,4 pontos.

A estabilidade observada no ISA foi resultado de movimentos opostos entre os seus componentes. A percepção sobre as finanças pessoais das famílias registrou uma queda de 0,5 ponto, atingindo 71,0 pontos, enquanto a percepção sobre a economia local teve um leve aumento de 0,5 ponto, chegando a 92,5 pontos.