Confiança dos consumidores cai 3,3 pontos em novembro segundo FGV IBRE
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Confiança dos consumidores cai 3,3 pontos em novembro segundo FGV IBRE
24 nov 2022•Última atualização: 20 junho 2024
Segundo divulgado pelo FGV IBRE, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 3,3 pontos em novembro, para 85,3 pontos.
Esse é o menor nível desde agosto (83,6 pontos).
Em médias móveis trimestrais, o índice continua avançando 0,5 ponto, para 87,6 pontos influenciado pela alta nos últimos quatro meses.
“A confiança dos consumidores cai pelo segundo mês consecutivo. Passado o efeito das transferências de renda, os consumidores de baixa renda voltam a se sentir menos satisfeitos sobre a situação financeira familiar e revisar suas expectativas para baixo nos próximos meses”, explica Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
Ainda de acordo com a coordenadora, mesmo com uma queda das perspectivas sobre a inflação e um efeito ainda positivo no mercado de trabalho há um aumento do pessimismo sobre as finanças familiares nos próximos meses.
“É possível que ainda exista algum espaço para o consumo pelas famílias de maior poder aquisitivo, mas dada as condições macroeconômicas, sua sustentação nos próximos meses acaba sendo uma tarefa difícil”, ressalta.
Em novembro, a queda do ICC foi influenciada pela piora das avaliações sobre o momento e pela redução das expectativas em relação aos próximos meses.
Após três meses de alta, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 3,7 pontos, para 70,8 pontos, o menor nível desde julho de 2022 (70,3 pontos), enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,7 pontos, para 96,0 pontos, pelo segundo mês consecutivo.
Houve piora da satisfação das famílias sobre a situação econômica e as finanças pessoais no momento.
O indicador que mede as avaliações sobre a situação financeira das famílias caiu 5,6 pontos, para 60,9 pontos, o pior resultado desde março de 2022 (56,9 pontos).
O indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica recuou 1,9 ponto, para 81,2 pontos após acumular cinco altas consecutivas.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mais contribuiu para a queda no mês foi a situação financeira das famílias nos próximos seis meses.
O indicador recuou 5,6 pontos, para 92,5 pontos, menor patamar desde agosto.
O indicador que mede o grau de otimismo com a situação econômica geral caiu 4,6 pontos para 110,6 pontos, único ainda acima do nível neutro.
Na contramão, a intenção de compra de bens duráveis subiu 2,5 pontos para 85,5 pontos, compensando a perda do mês anterior.
A análise por faixa de rendas mostra perda de confiança em todas exceto para os consumidores de maior poder aquisitivo (renda acima de R$ 9.600,01).
A avaliação dos consumidores de renda mais baixa sobre a situação financeira das famílias voltou a cair influenciada após a melhora dos últimos meses motivada pelos incentivos fiscais e transferências de renda.
Para as classes de renda mais alta, os consumidores continuam revisando suas expectativas para baixo, mas há algum espaço para consumo nos próximos meses.
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