Copom eleva Selic para 15% diante de risco fiscal e inflação persistente

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (18), aumentar a Selic em 0,25 ponto percentual, levando a taxa básica de juros para 15% ao ano.

A decisão reflete o desconforto crescente da autoridade monetária com a combinação de inflação ainda resistente, risco fiscal elevado, câmbio depreciado e um ambiente internacional mais desafiador. Mesmo com alguma melhora nos dados recentes de inflação, o Banco Central optou por apertar ainda mais as condições financeiras.

Para Camilo Cavalcanti, gestor da Oby Capital, a decisão era equilibrada entre manter a Selic e promover uma nova alta.

Para ele, “os dados recentes de inflação até trouxeram algum alívio, embora haja influência da sazonalidade.”

Ao mesmo tempo, o gestor destaca que “a atividade não mostra um resfriamento tão forte quanto o Banco Central esperava na última reunião.”

Além disso, ele ressalta que “o ambiente internacional se desenvolveu de forma oposta à esperada, já que, ao invés de uma desaceleração global, a guerra comercial acabou sustentando a atividade em várias regiões.”