Economia dos principais países da Copa
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Economia dos principais países da Copa
4 nov 2022•Última atualização: 20 junho 2024
A economia dos principais países da Copa é um tema que tem interessado muitos investidores, com o torneio de 2022 se aproximando.
Isso faz sentido e sabe por que? Porque investimentos internacionais são uma ótima opção de diversificação da carteira, e esses países devem entrar nos holofotes nos próximos meses.
Portanto, entenda como funciona a economia das nações que estão envolvidas com a Copa do Mundo de 2022.
Onde vai ser a Copa do Mundo de 2022
A Copa do Mundo de 2022 vai ser no Catar (ou Qatar na grafia internacional), país do Oriente Médio. Inclusive, o evento esportivo está há poucos dias de começar.
Neste ano, a FIFA optou por celebrar os jogos do mundial nos meses de novembro e dezembro por causa das condições climáticas. Isso porque são meses em que as temperaturas costumam ser mais amenas, uma vez que o Catar é um país bastante quente.
O Catar fica numa região desértica e de clima quente e seco a maior parte do ano. Até os meses de outubro, a média de temperatura do país gira em torno dos 40°C.
Por conta disso, será a primeira vez que a Copa do Mundo de futebol masculino será realizada no final do ano.
Quantos países já ganharam a Copa do Mundo?
No total, oito países já foram vencedores da Copa do Mundo. A competição existe desde 1930 e, atualmente, é disputada por 32 nações.
Desde seu início, já foram realizadas 21 edições da Copa. Entretanto, algumas seleções ganharam várias vezes e por causa disso apenas oito foram campeãs. São elas:
- Brasil: 5 títulos
- Alemanha: 4 títulos
- Itália: 4 títulos
- Argentina: 2 títulos
- Uruguai: 2 títulos
- França: 2 títulos
- Espanha: 1 título
- Inglaterra: 1 título.
Quem tem mais títulos da Copa do Mundo?
O Brasil é o país com mais títulos da Copa do Mundo. A seleção brasileira conquistou cinco vezes a taça mundial. Fomos campeões nos anos de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.
Depois do Brasil, vem a Alemanha e a Itália - cada um com quatro títulos mundiais.
Quais são os países favoritos à Copa do Mundo de 2022?
A análise dos favoritos à Copa do Mundo geralmente leva em consideração o desempenho recente da seleção em amistosos e eliminatórias, além de outros fatores, como a escalação dos jogadores e o ranking mundial.
E, de acordo com especialistas, existem sete equipes favoritas a levar o título para casa. São elas:
- Brasil
- Argentina
- França
- Bélgica
- Espanha
- Alemanha
- Inglaterra
Como é a economia do Catar?
O Catar é considerado um dos países mais ricos do mundo. Sua economia é bastante baseada no petróleo e em seus derivados, como o gás natural. A exportação desses produtos corresponde a 83% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.
O Catar exporta principalmente para países como China, Coreia do Sul, Japão e Índia.
A renda per capita do Catar, que é o PIB dividido pelo número de habitantes, é um dos maiores do mundo: US$61.276 mil - cerca de R$317 mil, dez vezes maior que a do Brasil.
E os índices do Observatório da Complexidade Econômica mostram que o Catar possui uma balança comercial positiva com saldo de US$30,7 bilhões.
E isso é fácil de se observar ao ver sua capital, Doha. A cidade é cheia de edifícios e construções monumentais, mostrando que também investe em tecnologia e arquitetura.
Como é a economia dos principais países da Copa?
Entenda como é a economia de alguns dos principais países da Copa.
Catar: sede da Copa de 2022
Como mencionamos, a alta renda per capita do país sede da Copa, o Catar, é animadora. Mas não significa que a distribuição das riquezas seja equilibrada, o que é um indicador econômico também.
Lá, 29% de toda renda do país está concentrada em apenas 1% da população. Portanto há muita concentração de riqueza nas mãos de poucos.
Uma boa notícia é que a economia do Catar deve ser bastante afetada com a realização da Copa do Mundo no país. Analistas financeiros estimam que o evento movimentará o turismo, o que atrairá ainda mais recursos para a região.
Veja alguns dados gerais do Catar que influenciam em sua economia.
Governo
O Catar é um país monárquico, ou seja, é governado por um rei. Desde 2013 o rei é o Sheikh Tamim Bin Hamad bin Khalifa Al-Thani.
Moeda
A moeda oficial do Catar é a Rial do Qatar (QAR), que custa cerca de R$0,71.
Língua Oficial
O idioma oficial é o Árabe, mas o inglês é amplamente adotado porque 90% da população é estrangeira.
Brasil
A economia brasileira é a primeira na América Latina e de número 65 de renda per capita. No segundo semestre de 2022, os resultados do PIB nacional tiveram o sétimo melhor desempenho entre as maiores potências mundiais, de acordo com pesquisas.
O Brasil é considerado um país emergente e, por conta disso, é membro de vários grupos econômicos: BRICS, Mercosul, G20 e UNASUL.
A economia brasileira tem crescido muito devido aos números do agronegócio e de exploração de minérios e do petróleo. Ainda, contamos com grande exportação de soja, carne e de suco de laranja.
Nesse sentido, bons resultados atraem investidores internacionais que trazem moeda estrangeira para dentro do país, como o dólar, por exemplo. Entretanto, a alta de juros recente fez com que a dívida pública brasileira aumentasse.
Isso significa, entre outras coisas, que os rendimentos dos investidores em títulos do Tesouro Nacional tendem a ser mais altos em períodos como este.
Alemanha
A Alemanha é a maior potência econômica da Europa e a quarta maior do mundo. Isso se deve muito ao poder de inovação do país e das suas exportações.
A Alemanha destaca-se principalmente pela indústria automobilística, pela fabricação de máquinas, e pelo setor de tecnologia medicinal e química. Seus parceiros comerciais são os países da União Europeia, além de Estados Unidos e China.
Também é um país que abraça iniciativas como startups e investe em pesquisa e desenvolvimento - e-commerce, blockchain, inteligência artificial e segurança cibernética são temas comuns na Alemanha.
E são as empresas de pequeno e médio porte que movimentam grande parte da economia na Alemanha, e isso se reflete nos títulos na bolsa de valores de Frankfurt.
Itália
A Itália foi um dos países que mais sofreu com a crise financeira de 2008, mas conseguiu uma recuperação a partir de 2015. Entretanto, a pandemia colocou o país outra vez numa situação economicamente complicada em 2020 - quando perderam quase 9% do PIB.
De lá pra cá, mesmo com dificuldades, a Itália vem conseguindo recuperar seu PIB e a expectativa é de crescimento e estabilidade no próximo ano. Isso porque o governo italiano tem feito investimentos financiados pelo Mecanismo de Recuperação e Resiliência da União Europeia.
Historicamente, a Itália tem sua economia voltada em grande parte para a indústria e para produção agrícola de arroz, vinho, tabaco, frutas e legumes. A indústria é composta por um grande número de pequenas e médias empresas.
Neste setor, os itens de luxo exportados se destacam, como roupas, sapatos e carros. Além disso, o setor de serviços, como o turismo, movimenta cerca de 74% do PIB do país.
Argentina
Mesmo tendo um histórico de instabilidade econômica e política, a Argentina é a segunda maior economia da América do Sul. Também é o segundo país latino em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e em PIB per capita.
Assim como a Itália, a Argentina tem a maior parte do seu PIB no setor de serviços (54,6%). Mas lá, além do turismo, destacam-se também o desenvolvimento de softwares, as centrais de atendimento telefônicas e a energia nuclear.
O país também é um grande produtor de bens de consumo duráveis, metalurgia, aço, petróleo refinado e de materiais de construção.
Já no setor agrícola, a Argentina é forte na pecuária, no cultivo de cereais (como milho, trigo e soja transgênica) e de frutas cítricas e uva. Outro ponto forte do país é seu nível de produção e exportação de biocombustíveis, como o biodiesel.
Isso tudo porque a Argentina possui muitos recursos naturais e uma indústria diversificada. Por conta de seus índices e sua importância no mercado mundial, o país é um dos membros do G20 das maiores economias.
Uruguai
A economia do Uruguai é movimentada em grande parte pelas indústrias alimentícia, têxtil e química. Isso porque o país apresenta um forte setor agropecuário, com a criação de vacas e ovelhas.
Estes animais geram produtos para exportação, como carne, couro, lã e produtos lácteos. Além disso, os setores do turismo, da tecnologia e da indústria são também significativos para a economia do Uruguai.
O país se destaca na América Latina, juntamente com o Chile, por ser um dos que mais atua no combate à corrupção. Seus principais parceiros comerciais de exportação são o Brasil, a China, a Argentina, a Alemanha e a Venezuela.
França
A França, por ser o primeiro destino turístico do mundo, movimenta consideravelmente seu PIB no setor de serviços (71,2%), especialmente no turismo. Entretanto, assim como as outras nações, foi fortemente afetada com a pandemia. Mas a boa notícia é que a França já mostra sinais significativos de recuperação.
Mas não só de turismo que o país vive: a economia francesa também tem seus pilares nas indústrias automobilística, alimentícia, aeronáutica e na agropecuária. Isso tudo por conta de investimentos em tecnologia de ponta, terrenos férteis e subsídios estatais.
Em 2020, a França foi o sexto maior exportador de mercadorias do mundo, e atualmente é o 18º no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial.
Espanha
A crise econômica mundial de 2008 e a pandemia também afetaram consideravelmente a Espanha, que vinha tendo um aumento de PIB acima da média até então.
Mesmo em recessão, a Espanha tem conseguido apostar em medidas de crescimento econômico, principalmente no setor turístico e de serviços.
Outro setor expressivo do país é o bancário, composto por 12 importantes grupos, de acordo com a Associação Bancária Espanhola. E em relação à produção agrícola, a Espanha possui quase 30 milhões de hectares destinados ao cultivo de trigo, cevada, uvas, cortiça, oliva, frutas cítricas e tomates - além da criação de suínos e bovinos.
Por conta disso, o país é um grande exportador de vinhos, azeite, laranja e morango.
Já no setor industrial, vale destacar que a economia espanhola vem apresentando expressivo crescimento em energias renováveis, assim como bons resultados na indústria têxtil, de ferro e aço, e no processamento industrial de alimentos.
A Espanha exporta principalmente máquinas, veículos, alimentos, produtos químicos e itens de construção naval.
Inglaterra
A Inglaterra possui uma economia altamente desenvolvida e industrializada, muito por conta do seu histórico. Além disso, Londres é um dos maiores centros financeiros do mundo, com diversos bancos, seguradoras, e empresas de grande concentração de capital - mesmo depois do Brexit.
Inclusive, Londres é quase tão relevante economicamente quanto Nova Iorque, de acordo com especialistas do mercado. Destacam-se, além dos bancos, empresas da área da tecnologia da informação, da comunicação, da biotecnologia e de energias renováveis.
O setor que mais tem valor na economia da Inglaterra é o de serviços, principalmente os financeiros e administrativos. Depois, destacam-se a fabricação de produtos têxteis, químicos e itens aeroespaciais.
A libra, moeda local, é uma das mais fortes do mundo.
Ficou interessado em investir parte do seu capital em um desses países? Veja a seguir como fazer investimentos internacionais.
Como fazer investimentos internacionais?
Investir no estrangeiro pode ser uma ótima estratégia para diversificar seu portfólio, apostar em economias fortes e em expansão, ter acesso a mais opções de negócios e ainda se proteger de possíveis crises nacionais.
Existem algumas formas de fazer investimentos internacionais: comprando ações estrangeiras, investindo em fundos de investimentos, em ETFs, ou em BDRs.
Ações internacionais
Para comprar ações internacionais você precisa abrir uma conta em uma corretora. Ela te dará acesso ao Home Broker e ali você poderá escolher as opções de ações, assim como ver os índices da bolsa para investir seu capital.
Fundos de investimento no Exterior
Investindo em fundos de investimento internacionais, você não adquire diretamente a ação de uma empresa estrangeira, mas acessa cotas de títulos que acompanham os índices de fora, sendo assim de risco um pouco menor. Existem cerca de 80 fundos internacionais no Brasil.
ETFs (Exchange Traded Funds)
Ao investir em ETF, o investidor tem acesso a cotas do fundo que opera como se fossem ações, administradas por uma gestora. Ou seja, trata-se de um investimento passivo. As cotas de ETFs são negociadas no pregão da mesma forma que uma ação individual, com a diferença que cada cota representa uma carteira com diversos papéis incluídos.
BDRs (Brazilian Depositary Receipts)
É um certificado de depósito de ações internacionais negociado na Bolsa de Valores brasileira. Por isso, funciona como uma forma de investir em empresas americanas sem se expor às bolsas de fora do Brasil. São exemplos de empresas que têm BDRs: Amazon, Apple, Facebook e Google.
Como investir nos países da Copa?
Para investir nos países da Copa você pode fazer aplicações nos produtos que mencionamos acima: ações internacionais, fundos de investimento no exterior, ETFs ou BDRs.
Também é possível acessar as bolsas de valores internacionais e investir diretamente por lá, mas essa é uma estratégia mais complicada. Afinal, é uma tarefa que exige contas em corretoras internacionais, um capital bem mais elevado e maior conhecimento dos mercados de cada país.
Nesse sentido, pode ser uma boa alternativa procurar uma assessoria de investimentos para te ajudar a selecionar a melhor corretora, realizar todos os trâmites e ainda definir estratégias.
A assessoria Blue3 Investimentos, por exemplo, tem especialistas no mercado financeiro que podem te ajudar a investir com segurança em fundos internacionais, BDRs e ETFs para você poder aplicar seu dinheiro nos países da Copa.
Redação It's Money
A redação do portal It’s Money é formada por um time de profissionais com ampla experiência editorial, com acompanhamento e revisão de jornalistas especializados.
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