Como funciona a Operação Rubi? Entenda em detalhes! 

A Operação Rubi, uma estratégia bastante popular no mercado financeiro, tem ganhado destaque por ser uma forma eficiente de se expor à Bolsa. Mas o que exatamente é a Operação Rubi e como ela funciona na prática?

Se você já se perguntou como garantir ganhos mesmo em momentos de queda no mercado, ou está curioso para saber se essa estratégia se adequa ao seu perfil de investidor, continue lendo.

Vamos explicar tudo de forma clara, para que você possa entender essa estratégia e como ela pode ajudar a proteger seus investimentos.

Operação Rubi: o que é

A Operação Rubi, também conhecida como Return Under Barrier Investment (ou cupom sob barreira), é uma estratégia de hedge que permite ao investidor se expor ao mercado de ações com um nível pré-determinado de proteção.

A operação oferece um ganho pré-fixado, chamado de cupom, sob a condição de que o ativo não atinja uma determinada desvalorização durante o período da operação. Essa desvalorização é conhecida como barreira, inclusive.

Então, em termos simples, a Operação Rubi é uma maneira de garantir um retorno estável, mesmo em cenários de baixa moderada ou lateralização. Isso, desde que o ativo não sofra uma queda muito acentuada.

Se o ativo permanecer acima da barreira, o investidor recebe o cupom acordado. No entanto, se o ativo ultrapassar essa barreira de queda, o investidor assume as perdas, ficando com as ações em custódia.

Como funciona a Operação Rubi na prática?

Agora que já entendemos o que é a Operação Rubi, vamos detalhar como ela funciona na prática.

Ao iniciar essa estratégia, o investidor compra uma ação com uma taxa de retorno (cupom) pré-fixada. Esse retorno só é garantido se, durante o período da operação, o preço da ação não cair abaixo de um determinado patamar — a barreira.

Vamos a um exemplo prático:

• Imagine que você adquiriu ações de uma empresa fictícia, a ABCD, ao preço de R$10. A operação foi estruturada com um cupom de 6% e uma barreira de queda de 20%.

• Ou seja, se durante o prazo de três meses o preço da ação ABCD não cair abaixo de R$8,00 (os 20% de queda) e você receberá os 6% de retorno, independentemente de o preço da ação ter subido ou caído dentro desse limite.

• No entanto, se em algum momento a ação atingir ou ultrapassar esse limite de queda, o cupom deixa de existir e você permanecerá com as ações, participando integralmente da variação do preço.

Exemplos da Operação Rubi

Para entender melhor como a Operação Rubi funciona, vamos explorar mais alguns exemplos práticos. Esses cenários ajudarão a ilustrar como essa estratégia pode ser vantajosa em diferentes situações de mercado.

Exemplo 1: alta moderada

Imagine que você comprou ações da empresa fictícia XYZ. Aqui estão as características dessa operação:

• Preço inicial da ação: R$50,00
• Cupom pré-fixado: 5%
• Barreira de proteção: 15%
• Prazo da operação: 3 meses
• Desempenho da ação: alta de 10%, preço final de R$ 55,00

Como a ação não atingiu a barreira de queda de 15%, você receberá o cupom de 5%, independentemente do fato de o preço da ação ter subido. Nesse caso, mesmo com uma alta, seu ganho é limitado ao cupom pré-fixado.

Exemplo 2: queda moderada

Agora, considere o seguinte cenário com as mesmas ações XYZ:

• Desempenho da ação: queda de 10%, preço final de R$ 45,00

Neste cenário, você ainda receberá o cupom de 5%, apesar da desvalorização do ativo. Isso mostra que a operação oferece um certo nível de proteção contra quedas moderadas no mercado.

Exemplo 3: atingindo a barreira

Agora, um cenário mais desafiador:

• Desempenho da ação: queda de 20%, preço final de R$ 40,00

Quando o preço atinge a barreira, a operação é automaticamente encerrada e você ficará com as ações em custódia. Nesse caso, o cupom deixa de existir e você participa da queda total do ativo. No entanto, se o mercado voltar a subir, você ainda pode recuperar parte do valor investido, pois mantém a ação em sua posse.

Esses exemplos mostram como a Operação Rubi pode funcionar em diferentes cenários e como ela oferece um equilíbrio entre risco e retorno.

Para quem a Operação Rubi é indicada?

A Operação Rubi é indicada principalmente para investidores com perfil moderado a arrojado, aqueles que buscam equilibrar risco e retorno.

Esse tipo de operação é uma boa escolha para quem quer aproveitar a exposição ao mercado de ações, mas com uma camada de proteção contra quedas acentuadas. Para esses investidores, a previsibilidade e a proteção parcial contra desvalorizações são pontos-chave, sem precisar abrir mão completamente dos ganhos.

Quem busca retornos ilimitados ou não está disposto a aceitar um teto para seus ganhos, no entanto, pode não se beneficiar tanto da operação. Nesse sentido, a Operação Rubi é ideal para quem prefere uma estratégia de hedge sem se afastar totalmente do mercado de renda variável.

A Operação Rubi vale a pena?

Sim, a Operação Rubi vale a pena se você está procurando uma maneira de manter exposição ao mercado acionário com maior controle sobre os riscos - ainda que isso signifique obter uma espécie de teto para os lucros, como explicamos no tópico anterior.

Isso porque a Operação Rubi permite que o investidor obtenha ganhos pré-fixados, mesmo em cenários de queda moderada, o que traz mais segurança em períodos de incerteza no mercado.

Além disso, ela oferece uma margem para erro, tornando-se uma boa alternativa para quem deseja diversificar suas estratégias sem abrir mão de alguma proteção.

No entanto, é importante ter em mente que essa operação estabelece um limite de altas, como indicamos. Portanto, vale a pena optar pela Operação Rubi se o seu objetivo é proteger o capital sem arriscar perdas.

Avaliar se essa operação está alinhada ao seu perfil e aos seus objetivos é sempre a chave para tomar a melhor decisão de investimento.

E lembre-se, contar com a orientação de uma assessoria de investimentos especializada pode ajudar a maximizar seus resultados.

Com a ajuda de profissionais, você poderá entender melhor como adaptar a Operação Rubi — e outras estratégias — ao seu portfólio, garantindo que suas decisões estejam sempre alinhadas com seus objetivos financeiros de curto e longo prazo.