Confiança dos consumidores sobe 2,7 pontos em dezembro, diz FGV
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Confiança dos consumidores sobe 2,7 pontos em dezembro, diz FGV
26 dez 2022•Última atualização: 21 junho 2024
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,7 pontos em dezembro, para 88,0 pontos, após cair nos últimos dois meses.
Em médias móveis trimestrais, o índice recua 0,3 ponto, para 87,3 pontos após subir nos últimos cinco meses.
As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas, FGV.
Segundo Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens da FGV IBRE, após dois meses de queda, a confiança dos consumidores sobe recuperando parte das perdas sofridas.
"A melhora da confiança reflete um aumento do otimismo em relação aos próximos meses, principalmente das famílias de menor poder aquisitivo que vem se mantendo mais endividadas e sofrendo mais com os efeitos da inflação e taxa de juros elevada", completou a coordenadora.
Ela ainda afirmou que as avaliações sobre o momento ainda se mantém estáveis mas com piora na percepção sobre o mercado de trabalho, o que gera cautela na intenção de compras no curto prazo.
"O ano fecha com um saldo positivo e zera as perdas acumulada nos últimos dois anos mas é necessário um grande caminho para que a confiança volte superar o nível neutro estimulando o consumo", completou Viviane em nota à imprensa.
Em dezembro, a alta do ICC foi influenciada pela melhora das expectativas em relação aos próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA) se manteve estável ao variar 0,1 ponto, para 70,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) avançou 4,3 pontos, para 100,3 pontos, alcançando o melhor resultado desde dezembro de 2019.
Entre os quesitos que compõem o ISA, houve piora da satisfação das famílias sobre a situação econômica, e melhora nas avaliações sobre as finanças pessoais no momento.
O indicador que mede as percepções sobre a situação financeira das famílias subiu 2,7 pontos, para 63,6 pontos.
Enquanto o indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica recuou 2,7 pontos, para 78,8 pontos e chega ao seu pior resultado desde julho de 2021 (77,9 pontos).
Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mais contribuiu para a alta no mês foi a situação financeira das famílias nos próximos seis meses.
O indicador avançou 12,5 pontos, para 105,0 pontos, maior patamar desde fevereiro de 2019 (105,0 pontos) e recupera as perdas sofridas nos últimos dois meses.
O indicador que mede o grau de otimismo com a situação econômica geral subiu 4,5 pontos para 115,1 pontos devolvendo a queda observada no mês passado.
Na contramão, a intenção de compra de bens duráveis continua instável e caiu 4,7 pontos para 80,8 pontos.
A análise por faixa de rendas, mostra uma compensação de parte das perdas sofridas nos últimos dois meses nas faixas de renda mais baixas.
A avaliação dos consumidores de menor poder aquisitivo sobre a situação financeira das famílias voltou a subir após a forte queda observada no mês passado.
Para as classes de renda mais alta, os consumidores mantêm o índice em patamar mais elevado, embora ainda abaixo do nível neutro de 100 pontos.
Fonte: FGV IBRE
Redação It's Money
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