Preços da indústria crescem 0,74% em abril, mostra IBGE

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Preços da indústria crescem 0,74% em abril, mostra IBGE

28 mai 2024Última atualização: 12 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money

Os preços da indústria nacional registraram um crescimento de 0,74% em abril, marcando o terceiro mês consecutivo de alta, conforme divulgado hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) acumula uma alta de 0,99% no ano, embora apresente uma queda de 3,08% nos últimos 12 meses. Em abril do ano passado, a variação mensal havia sido de -0,35%. 

Destaques setoriais 

Em abril, 20 das 24 atividades investigadas pela pesquisa tiveram alta nos preços. As variações mais significativas foram registradas nos setores de papel e celulose (3,99%), fumo (2,49%) e farmacêutica (2,10%). Por outro lado, o setor de indústrias extrativas apresentou uma queda de 3,58%.

O analista da pesquisa, Felipe Câmara, explicou que o resultado de abril está fortemente relacionado ao comportamento das cadeias derivadas da soja e da cana-de-açúcar. "A soja está em fase de colheita, mas com menor produtividade em comparação ao ano passado. Além disso, o volume exportado foi alto, reduzindo a disponibilidade doméstica da commodity. Este cenário elevou a demanda pelo óleo bruto de soja, utilizado tanto na fabricação de biodiesel quanto na indústria alimentícia," detalhou Câmara. 

Impactos nas grandes categorias econômicas 

A elevação dos preços impactou principalmente os bens de consumo, que tiveram um aumento de 0,89% e contribuíram com 0,33 ponto percentual (p.p.) para o índice geral. 

 Bens intermediários também contribuíram com 0,33 p.p., refletindo um aumento de 0,59%. A margarina e o óleo bruto de soja foram determinantes para o aumento dos bens destinados ao consumo final e intermediário, respectivamente.  

O etanol e os medicamentos, cujo reajuste anual foi autorizado recentemente, também influenciaram o resultado dos bens de consumo. 

Dentro dos bens de consumo, os bens de consumo duráveis (BCD) tiveram uma variação de 0,83% e os bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) subiram 0,90%. O setor de bens de capital registrou uma alta de 1,16%.  

Entre os setores que mais influenciaram o resultado geral de 0,74%, destacam-se alimentos (+0,19 p.p.), indústrias extrativas (-0,19 p.p.), papel e celulose (+0,12 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (+0,08 p.p.). 

Já na comparação com março, o setor de alimentos teve um aumento de 0,80%, a primeira alta após três meses de quedas consecutivas. Esse resultado foi impulsionado pela alta nos derivados de soja, como margarina e óleo bruto.  

O setor acumula uma queda de 1,41% no ano, menor que a registrada no mês anterior (-2,19%). O setor de papel e celulose registrou a maior alta mensal (3,99%) e acumula uma alta de 7,55% no ano.  

Segundo o pesquisador, a inflação neste setor é atribuída ao aumento da cotação da celulose, impulsionada pela demanda de recomposição de estoques e maiores custos logísticos. 

Os preços do setor de refino de petróleo e biocombustíveis subiram 0,79%, pelo terceiro mês consecutivo. O etanol foi determinante para esse aumento, devido à escolha das usinas em priorizar a produção de açúcar e ao baixo preço relativo do etanol comparado à gasolina.  

O biodiesel também contribuiu para a alta, pressionado pelo custo do óleo de soja. Já nas indústrias extrativas, os preços caíram 3,58% em abril, influenciados pela queda na cotação internacional do minério de ferro, refletindo as expectativas econômicas na China e a demanda global por aço. Entretanto, os preços dos óleos brutos de petróleo subiram. 

Fonte: Agência de Notícias IBGE

Redação It's Money

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