Resultados corporativos no radar

No Brasil, tivemos o IBC-Br vindo bem abaixo do esperado, sinalizando que a economia brasileira está perdendo força, algo preocupante. Mas, que pode fazer os juros caírem em uma velocidade maior. Para hoje, teremos o Boletim Focus. E a semana fica marcada pelos resultados corporativos no radar.

Por outro lado, nos EUA, tivemos a divulgação do balanço orçamentário federal com um déficit de US$ 171 milhões, um valor muito acima do que era esperado e que preocupa, já que, o país precisará emitir mais dívidas, agravando a sua situação fiscal. Para hoje, não teremos dados relevantes sendo divulgados no país.

Já na Europa, tivemos a divulgação de alguns dados referentes ao varejo do Reino Unido que vieram abaixo do esperado, podendo sinalizar uma desaceleração econômica do país, além disso, a inflação na Alemanha veio abaixo do esperado, o que também colabora na tese de desaceleração econômica. Para hoje, não teremos dados relevantes sendo divulgados.

Por fim, na Ásia não tivemos dados relevantes sendo divulgados. Para hoje teremos a divulgação do PMI referente ao setor de serviços e referente ao setor industrial no Japão.

Resultados corporativos no radar

A semana é marcada pelo início da temporada de resultados, que ocorre a partir de terça-feira (24) e contará com divulgações de empresas relevantes, como: Romi (ROMI3), Klabin (KLBN11), Santander (SANB11), WEG (WEGE3), Copasa (CSMG3), Gol (GOLL4), Multiplan (MULT3), Suzano (SUZB3), Vale (VALE3) e Usiminas (USIM5).

O Santander Brasil (SANB11) emitiu R$ 6 bilhões em letras financeiras que possuem prazo de 10 anos, mas que podem ser recompradas a partir de 2028. Os recursos captados serão utilizados para reforçar o Patrimônio de Referência do banco, melhorando seu Índice de Basileia.

Já a BRF (BRFS3) teve sua recomendação mantida como compra pelo JPMorgan, mas seu preço alvo elevado de R$ 12 para R$ 13 devido a uma recuperação mais acelerada em suas margens de lucro nas aves e um menor custo para ração dos animais.

Por outro lado, a Ambipar (AMBP3) anunciou uma oferta primária de ações que pode ultrapassar R$ 1 bilhão e será precificada no dia 31 de outubro. Haverá a emissão de 30 milhões de novas ações, que pode ser acrescido em 100% caso haja demanda. A operação ocorreu para que o grupo não tenha problema para cumprir com seus covenants e o controlador da empresa se comprometeu a aportar R$ 560 milhões dentro da companhia.

Por fim, a Petrobras (PETR4) anunciou a redução no preço da gasolina em cerca de 4% (R$ 0,12), enquanto aumentou o preço do diesel em 6,6% (R$ 0,25). Os aumentos tiveram efeito desde sábado e vieram para reduzir a defasagem do preço brasileiro em relação ao preço global.

Para mais detalhes das empresas, incluindo a recomendação e os preços alvo, acesse os relatórios no app da DV ou no site Blue Academy caso seja um cliente Blue.

Análise técnica Ibovespa

O Ibovespa encerrou o último pregão, dia 20, com uma leve queda de 0,74%, invadindo a região de suporte do fundo anterior no gráfico diário (GD). A tendência de curto prazo segue indefinida, mas o índice está dentro de um movimento de baixa e ainda não há um sinal de alta.

Isto ocorrerá se houver a superação da máxima do pregão anterior. Enquanto não houver o sinal de alta no GD, seguimos com o IBOV apontando para o suporte nos 111.600 pontos. A expectativa é que o IBOV proporcione algum sinal de recuperação no decorrer desta próxima semana, principalmente após testar a região entre 111.600 e 110.900.

Análise técnica S&P 500

O S&P 500 encerrou o pregão mais recente (20) com uma queda de 1,26%, a 3ª consecutiva por meio de candles (dias) forte de baixa.

A oscilação abaixo dos 4.216 retomará a tendência de baixa de curto prazo. Logo na sequência, já suportes em torno de 4.208 e 4.180. Não há sinal de alta ainda para o S&P, mas a minha expectativa é que ocorra após testar a região supracitada.

Análise técnica Dólar

O dólar encerrou o último pregão (20) com uma queda de 0,70, respeitando novamente média de 10 períodos do gráfico diário (GD).

Um fechamento acima dos 5.084 ampliará a chance de o dólar testar os próximos níveis de resistência: 5.116, 5.127 e 5.153. Por outro lado, a oscilação abaixo dos 5.020 reforçará a expectativa atual de testar os níveis de suporte: 5.014 a 5.005 e 4.993 pontos.

Analistas responsáveis

Dalton Vieira – Analista CNPI-T

Mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro.

Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910).

Credenciado pela Apimec desde 2010.

Desenvolvedor do método DV de investimentos.

Renato Reis – Analista CNPI-P com foco em fundamentos

Analista de valores mobiliários (CNPI-P EM-3580) credenciado pela Apimec.

Formado em Ciências Econômicas pelo Ibmec BH.

Já atuou com Fusões e Aquisições e hoje é responsável por toda a área de análise fundamentalista dentro da empresa.

Disclaimer

De acordo com a Resolução CVM nº 20, de 25 de fevereiro de 2021, Art. 21º, declaro que as análises realizadas neste relatório refletem única e exclusivamente a opinião dos autores, e foram elaboradas de forma independente e autônoma.

Segundo o art. 21 da ICVM 598/18, caso o Analista esteja em situação que possa afetar a imparcialidade do relatório ou que configure ou possa configurar conflito de interesse, este fato deverá estar explicitado no campo “Conflitos de Interesse” deste relatório.

As informações, estimativas e projeções contidas neste relatório referem-se à data de publicação e estão sujeitas a mudanças. E não implicam, necessariamente, na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal alteração.