Tenha mais paixão pelo seu futuro, do que orgulho do seu passado

Quero começar esta jornada no portal deixando registrada uma frase que ouvi recentemente que me fez refletir bastante e entendo que cabe em muitos cenários tanto ao que envolve o mercado financeiro como em nossas vidas. Ela diz:

“Tenha mais paixão pelo seu futuro, do que orgulho do seu passado”.

Pensando numa ótica de vida, a reflexão que vem é a ideia de que nunca se deve deixar de evoluir, já num prisma de negócios vale a analogia de que se não estamos crescendo, estamos morrendo. É muito bonito e importante construir trajetórias de sucesso, que nos façam crescer, mas entender que o fim nunca chega, que sempre podemos mais.

Por isso a ideia de se apaixonar mais pelo futuro, do que tem por vir e não ficar apegado ao que passou e parar no tempo. No mercado financeiro, vejo muitos investidores buscando uma fórmula única para os seus investimentos e planejamento de longo prazo.

E na verdade, isso não existe. O mesmo investidor pode ter um perfil em certo momento e de acordo com a evolução de sua vida, negócios, isso pode mudar. E aí entra a ideia de não ficar apegado, orgulho do que deu certo. Pois a paixão pelo futuro, nos abre a possibilidade de ter a mente aberta e a oportunidade de acessar diferentes mercados.

Quando olhamos para as principais classes que temos a oportunidade de investir e construir nosso planejamento financeiro, logo vem em mente a renda fixa e a renda variável.

Desses principais conceitos, se abrem classes diversas adjacentes como os investimentos internacionais, alternativos, taxas pré-fixadas, pós-fixadas ou mesmo de inflação.

Diversificação de portfólio

Aprofundando esse conceito de diferentes classes, chegamos na ideia da diversificação de portfólio. Vide o quadro de Asset Allocation, as principais possibilidades que temos para investir no mercado de capitais brasileiro, ficam claras algumas conclusões.

Gosto sempre de destacar, como chama atenção a variação das classes ano após ano, como muitas vezes se repete de um determinado ativo ter sido a melhor opção e justo já na sequência foi a pior classe para estar posicionado.

Cenário brasileiro

Outra reflexão importante é que no Brasil, por todo um histórico macroeconômico de país de terceiro mundo, hiperinflação recorrente, somos muito apegados a olhar nossos investimentos com base no CDI, que é o mesmo que a taxa Selic determinada pelo Banco Central como referência.

E a verdade é que deveríamos estar focados em proteger o nosso poder de compra ao longo do tempo, que quer dizer bater a inflação (IPCA) e agregar um prêmio adicional acima, que irá fazer o patrimônio progredir de fato.

Fica evidente no quadro das performances dos ativos, por exemplo, que entre os anos de 2017 e 2020, o investidor no Brasil que estava posicionado apenas em relação ao CDI, deixou para trás inúmeras oportunidades de rentabilizar melhor o seu patrimônio.

Essas breves reflexões me ajudam a construir esse racional da importância de se ter uma visão mais ampla sobre investimentos, do macro para o micro, são inúmeras as possibilidades e combinações.

A jornada é a evolução

E lembram? Como diz a frase por onde comecei, na balança entre o passado e o futuro, lógico que devemos nos orgulhar do que fizemos e das escolhas que tivemos, mas nunca deixar de ser mais apaixonado pelo futuro, pelo que está por vir.

Isso vale muito para os nossos investimentos, entender que nunca chegamos lá, que não vai existir uma estratégia que é definitiva.

Pois como na vida, a jornada é a evolução, penso sempre que de alguma forma, tudo é um aprendizado e o meu compromisso é de sempre buscar uma forma de entregar melhor tudo aquilo que me propor a fazer, esse é o legado mais importante.