Selic: o que esperar da reunião do Copom nesta semana

Nesta terça-feira (12) e quarta-feira (13), o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne para uma nova definição sobre a taxa básica de juros no Brasil, a Selic. Mas, o que esperar da última reunião do Copom do ano?

A expectativa do mercado é que o movimento de redução da taxa continue. Assim, a estimativa é que o conselho reduza a taxa dos atuais 12,25% ao ano para 11,75% ao ano, segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do BC com analistas de mercado.

Expectativa para a Selic

Segundo o economista-chefe da Blue3 Investimentos, o mercado tem por unanimidade a expectativa de novo corte da taxa Selic em 0,5 ponto.

"Entretanto, existe polêmica à vista para 2024, quando a meta inflacionária passa a ser de 3%. Mesmo que a inflação oscile dentro da banda superior da meta, após três anos de uma política monetária restritiva, o Banco Central não necessariamente terá de aumentar a magnitude do corte de juros para um ritmo superior ao 0,50 ponto percentual praticado nas últimas reuniões. Na verdade, acreditamos que esta será a reunião de centro de um movimento de redução dos juros, que deve se completar nas próximas três reuniões em 2024."

Segundo o economista, dependendo do comportamento das variáveis macroeconômicas, os juros devem estacionar próximo de 10,25% ou 10% ao final deste ciclo próximo a maio de 2024. Ainda que muitos economistas acreditem na possibilidade do BC acelere o ritmo e aprofunde os juros final.

[embed]https://youtu.be/FTwpJfRG1EQ[/embed]

O que esperar da reunião do Copom nesta semana

Com isso, a magnitude da redução esperada pelo mercado na reunião desta semana é de 0,5 p.p.

Para a XP Investimentos, o cenário é de novo corte da taxa Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 11,75%.

A Selic vai cair mais?

Por fim, o movimento de corte da taxa Selic deve seguir nesta semana. Assim, tendo sua quarta queda seguida.

"Se tivesse que escolher uma palavra para definir 2024, ela seria disciplina e essa palavra permeará preços (a partir dos juros futuros, não da Selic). Ou seja, na medida que o mercado entender com qual nível de seriedade o governo agirá no cumprimento do seu target fiscal ao longo do 1H24", diz o economista-chefe da Blue3 Investimentos, Roberto Simioni.