De novo, na China!
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De novo, na China!
21 nov 2022•Última atualização: 20 junho 2024
Macro
Na segunda-feira, o mundo acorda com tom de pessimismo enquanto as bolsas da Ásia digerem notícias das primeiras mortes pelo COVID em seis meses na China.
O Temor dos investidores é de que possa a voltar restrições mais severas a circulação de pessoas, principalmente na China que manteve a política de Covid Zero de forma mais ampla por meses.
Na semana retrasada, o gigante asiático chegou a animar o mercado com novos pacotes de estímulo ao mercado de construção civil.
O índice Hang Seng chegou a cair 3,4% com receio de novos fechamentos por lá. É natural que as commodities também voltem a cair em meio a receios por parte de demanda mais fraca.
Aqui no Brasil, com a volta do presidente eleito de sua viagem ao Egito, os investidores aguardam os novos nomes para o próximo governo.
Semana passada durante viagem, o mercado repercutiu de forma negativa as falas guinando a posições menos responsáveis fiscalmente por parte do governo, como resultado o dólar teve forte valorização no mês chegando ao patamar superior aos 5,30.
Como consequência, os juros apresentaram forte abertura em praticamente todos os vértices, com a curva não mais precificando um corte de juros em 2023.
O Tesouro Direto operou com forte volatilidade semana passada, tendo que paralisar as negociações algumas vezes.
A curva de juros em branco é a leitura dia 31/10 enquanto verde é o fechamento da sexta-feira 18/11.
No Tesouro, essa semana tivemos os piores volumes do ano nos leilões com as taxas em alta.
Prefixado para 2025 pagava 13,70%. NTN-B 2035 e 2045 pagavam 6,17 e 6,10 de juros reais, respectivamente
Mercado Interno
No local, o mercado vai ajustando as previsões para os próximos anos com o Focus mostrando alta na projeção do IPCA e da Selic para 2023.
Em meio ao noticiário recente, Lula fez um pequeno gesto ao mercado ao falar que o governo deve manter responsabilidade fiscal e confirmou que a equipe deverá ser formada essa semana.
Fernando Haddad é o mais cotado a assumir a pasta da economia.
Na bolsa, os investidores monitoram as commodities que apresentam recuo em meio a novos casos de morte por covid na China.
O Petróleo volta a ser cotado abaixo dos USD 80 o barril e o minério, após 3 semas de alta volta a operar em baixa.
A Copel, estatal do Paraná deve realizar oferta de ações para privatização, segundo comunicado da empresa, a expectativa após a oferta é que o Estado fique com 15% das ações
Análise Técnica
O Ibovespa no pregão de sexta-feira apresentou uma leve queda de 0,76% fechando aos 108.870 pontos.
Ao longo do dia, o ativo chegou a ficar positivo em 1,72%, porém terminou o dia no campo negativo.
Posto isso, o ativo deu sequência ao movimento de queda pelo terceiro dia consecutivo, onde acumulou uma baixa de 3,80%.
A expectativa para os próximos dias segue mais negativa, em que o índice pode voltar a ser negociado nos 107.660 (próximo nível importante mais abaixo).
Para a retomada de um viés mais positivo, o primeiro sinal seria a superação dos 112.500 pontos, ficando acima de região de preço importante e das médias móveis.
Mercado Externo
Nos exterior, o mercado vai se ajustando para a próxima reunião do FOMC dentro de 23 dias.
O mercado precifica com 76% de chances de as taxas irem para o intervalo de 4,25 a 4,50.
Dirigentes do FED vem pontuando que um novo aumento de 75 bps não está descartado.
Raphael Bostic do FED Atlanta deu sua visão da taxa terminal sendo 4,75% a 5,00%.
Análise Técnica
O S&P500 terminou o pregão dessa quinta-feira com uma leve alta de 0,25% aos 3.963 pontos.
Dando continuidade a um movimento mais lateral nos últimos 6 pregões em forma de correção.
Dessa forma, o ativo segue com uma expectativa mais positiva no curto prazo, ou seja, em tendência de alta.
Movimento que pode ser retomado após essa correção no curto prazo.
A superação dos 3.987 pontos aumenta a probabilidade de retomada do movimento de alta, onde o índice pode buscar a região dos 4.044 pontos, como primeiro nível importante.
O que aumentaria o cenário negativo no curto prazo seria a perda da região de média móvel nos 3.912.
Commodities
O petróleo volta a operar abaixo dos USD 80 dólares com receios em meio a novas contaminações do COVID na Ásia e perspectivas mais fracas de demanda.
O minério de ferro também é arrastado pelo pessimismo em relação ao Covid após um breve rally de 3 semanas, não deu tempo para o mercado se animar muito e a expectativa dos investidores é pela volta de novos fechamentos na China.
Análise Técnica
O petróleo fechou essa quinta-feira com uma queda significativa de 2,25% aos USD 87,49/barril.
Onde o ativo deu continuidade ao movimento de baixa pelo terceiro dia consecutivo, com uma queda acumulada de 6,00%.
Dessa forma, a expectativa para os próximos dias segue mais negativa onde o ativo pode voltar a ser negociado nos USD 86,81/barril.
Caso perca essa região, o próximo nível importante mais abaixo, seria os USD 82,86/barril.
Já para a retomada de um viés mais positivo no curto prazo, o primeiro sinal seria a superação dos USD 89,58/barril e posteriormente buscar fechar acima da média móvel nos USD 91,96/barril, anulando a tendência de baixa que se encontra no curto prazo.
Analistas responsáveis
Dalton Vieira – Analista CNPI-T
- + 15 anos de experiência no mercado financeiro;
- Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910);
- Credenciado pela Apimec desde 2010;
Desenvolvedor do método DV de investimentos.
Leonardo Gibelli – Analista CNPI-T
- Analista CNPI-T;
- Analista CNPI-T EM-3376 credenciado pela Apimec;
- Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Erik Sala – Especialista Em FIIs E Renda Fixa
Graduando em Economia pela UFG e especialista em Fundos Imobiliários. Assistente de análise responsável pela carteira DV Renda Imobiliária.
Disclaimer
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DVinvest
A DVinvest é a casa de análise fundada pelo renomado analista Dalton Vieira, que possui em sua equipe profissionais altamente especializados em análise fundamentalista e técnica de ações.
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