Diversificação máxima na sua carteira de ações
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Diversificação máxima na sua carteira de ações
20 out 2022•Última atualização: 20 junho 2024


Quando um investidor iniciante entra no mercado de renda variável em busca de uma rentabilidade maior sobre seu capital, por muitas vezes, ele comete um erro que a grande maioria também comete.
O erro neste caso é o da diversificação. Mas, como assim? Não é importante diversificar comprando várias ações para compor a minha carteira? A resposta é sim, mas existe um limite comprovado de ações que vão ajudar na sua carteira.
Como a diversificação pode nos ajudar
Pense comigo que você montou sua carteira de ações, com apenas 3 ativos. Independente de quais forem esses ativos, seja banco, elétrica, siderúrgica etc. num determinado dia, é possível que todos esses ativos estejam performando muito bem, ou ainda, muito mal.
Isto é, você pode se deparar num determinado dia com uma queda em todos os ativos ao mesmo tempo. Isso porque, mesmo sendo de setores diferentes, você ainda possui uma quantidade pequena de ativos compondo sua carteira.
Para isso, existe a diversificação entre setores e buscando uma quantidade razoável para que essa diversificação faça a diferença. Então, vamos entender a partir de agora qual seria essa quantidade.
Qual seria a quantidade de ações ideal?
Existe um estudo matemático que comprova que uma carteira de ações composta por 10 ativos consegue atingir até 85% de uma redução de risco, levando em consideração a volatilidade média (anualizada).
Já uma carteira composta por 20 ações, consegue atingir 92% de redução de risco. Veja na imagem abaixo:

Fonte: DaoCapital
Então, sabendo que com 20 ações você consegue atingir até 92% dessa diversificação, o ideal é que você tenha uma carteira composta por um número aproximado a esse.
Além disso, que esses ativos também estejam diversificados entre setores, como mencionei anteriormente. Ou seja, você pode ter 2 bancos, 2 elétricas, 2 siderúrgicas, 2 petroleiras etc.
Vale ressaltar que a redução do risco nunca chegará em 100%, isso porque existe um risco chamado “Risco sistemático”, onde é aquele capaz de influenciar todo o sistema, ou seja, o mercado financeiro inteiro.
Dessa forma, por mais importante que seja a diversificação, esses momentos de estresse no mercado tendem a prejudicar a sua carteira por completo. Entenda melhor na imagem abaixo:

Fonte: DaoCapital
Efeito da diversificação
Como é possível verificar, o efeito da diversificação tem menos relevância durante esses períodos de crise. Mas, vale ressaltar, crises são passageiras e tendem a trazer boas oportunidades de longo prazo.
Por fim, um outro diferencial após a diversificação fica por conta da correlação entre esses ativos, em outras palavras, quanto menor a correlação entre eles, maior o poder de diversificação da sua carteira.
Para o investidor que possuir um conhecimento mais assíduo sobre o assunto, é possível utilizar desse instrumento a seu favor.
Mas este assunto ficará para um próximo artigo. Até mais!


Caique Stein
Formado em matemática pela Unesp e pós-graduado em Finanças Avançadas pelo Insper. Analista de investimentos credenciado à Apimec (CNPI-T EM-2537). Atua como analista de ações e mercado futuro (índice e dólar) na DVinvest.
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