Pragmatismo
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Pragmatismo
14 dez 2022•Última atualização: 20 junho 2024
Macro
Em dia de FED, as bolsas mantêm um ritmo de espera, com bolsas na Europa e EUA ficando próximas da estabilidade.
Ontem, dados da inflação americana medidos pelo CPI mostraram mais uma desaceleração contundente, fato que desencadeou um curto rali nas ações com vários operadores já precificando uma alta nos juros mais branda, de 50 bps, hoje.
Além disso, começa a ser precificado um cenário ainda mais dovish à frente, de uma alta de 25 bps na reunião de fevereiro, com a taxa terminal dos juros americanos de 4,85%.
Esse cenário alguns operadores ainda encaram com ceticismo. Às 16 horas saberemos pelo discurso do presidente do FED, Jerome Powell, mais detalhes dessa condução.
Ainda na quinta-feira dessa semana, teremos também decisões do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra, esperado que ambos subam juros.
Aqui no Brasil, um dia que poderia ter sido bem lembrado por algum rali, refletindo ambiente externo adepto ao risco, foi de mais realizações, à medida que novos nomes da economia foram conhecidos.
Gabriel Galípolo assumirá a secretaria executiva da Fazenda e, por isso, não demorou a circular entrevistas e lives em que ele afirma não enxergar inflação em ambiente de colapso econômico (pouco antes da pandemia mostrar o contrário) o que gerou bastante desconfiança entre os operadores do mercado.
Bernard Appy foi anunciado como secretário especial de reforma tributária, nome mais palatável ao mercado.
Talvez o nome que tenha causado maior aversão tenha sido o de Aloísio Mercadante no BNDES, ao passo que Lula deu declarações afirmando o fim das privatizações, que vai de certa forma contra os discursos mais moderados e de responsabilidade fiscal.
Haddad tem dado declarações em manter uma trajetória de dívida mais sustentável e tenta antecipar um novo arcabouço fiscal que substitua o teto de gastos.
Em uma sessão na noite de ontem, foi alterado a Lei das Estatais, colocando um ponto seríssimo de atrito com o mercado, principalmente em termos de insegurança jurídica, é esperado uma repercussão hoje no mercado.
Mercado Interno
Análise Técnica
O Ibovespa nesta terça-feira finalizou o pregão com uma queda de 1,71% aos 103.539 pontos.
Continuando o movimento acentuado de baixa no mês de dezembro, com uma queda acumulada de 7,95%.
Dessa forma, o Ibovespa segue com uma expectativa mais negativa para o curto prazo.
Em que a perda dos 103.409 pontos indica que esse movimento de baixa pode continuar nos próximos dias, tendo como próximo nível importante mais abaixo os 103.000 pontos.
Para a retomada de um viés mais positivo, o primeiro sinal seria a superação dos 108.800 pontos, voltando a ser negociado acima de média móvel de curto período.
Mercado Externo
Análise Técnica
O S&P500 fechou essa terça-feira com uma leve alta de 0,85% aos 4.019 pontos, fechando acima da média móvel de curto período.
Durante o pregão, o S&P chegou a apresentar uma alta de 3,96% no dia, porém acabou devolvendo boa parte dela.
Dessa forma, a expectativa para os próximos dias se torna mais positiva, onde pode voltar a ser negociado nos 4.090 pontos.
Já a perda dos 3.985 pontos aumentaria o viés negativo para o ativo.
Commodities
Nas commodities, minério de ferro tem mais um dia de queda, novamente com investidores receosos que a rápida reabertura da China eleve rapidamente os números de infectados pelo Coronavírus, aumentando os riscos na economia.
Petróleo tem leve alta, após semanas de maiores correções.
Maior parte das commodities agrícolas tem dia de baixa, após retomada dos embarques no porto de Odessa, que foi bombardeado no início da semana.
Análise Técnica
O petróleo nessa terça-feira fechou no campo positivo com uma alta de 2,92% aos USD 80,48/barril, sendo o terceiro dia consecutivo que o ativo termina em alta.
Por isso, aumenta-se a probabilidade de o petróleo passar por uma correção (repique de alta) nos próximos dias, buscando a região de média móvel nos USD 81,56/barril.
Entretanto, o ativo segue em tendência de baixa no curto prazo, em que a perda dos USD 76,26/barril indica que o petróleo pode dar continuidade a esse movimento negativo.
Para anular completamente a tendência de baixa que se encontra no curto prazo, o ativo precisa voltar a ser negociado nos USD 89,26/barril.
Porém, o primeiro sinal positivo, mostrando uma possível mudança de tendência, seria a superação dos USD 81,40/barril
Analistas responsáveis
Dalton Vieira – Analista CNPI-T
- + 15 anos de experiência no mercado financeiro;
- Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910);
- Credenciado pela Apimec desde 2010;
Desenvolvedor do método DV de investimentos.
Leonardo Gibelli – Analista CNPI-T
- Analista CNPI-T;
- Analista CNPI-T EM-3376 credenciado pela Apimec;
- Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Erik Sala – Especialista Em FIIs E Renda Fixa
Graduando em Economia pela UFG e especialista em Fundos Imobiliários. Assistente de análise responsável pela carteira DV Renda Imobiliária.
Disclaimer
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