Mercado prevê nova alta da taxa Selic nesta semana, para 11,25% ao ano
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Mercado prevê nova alta da taxa Selic nesta semana, para 11,25% ao ano
4 nov 2024•Última atualização: 4 novembro 2024
A expectativa para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorrerá nesta quarta-feira (06), é de um novo aumento na taxa básica de juros, a Selic, de 0,50 ponto percentual, elevando-a para 11,25% ao ano.
Essa previsão é baseada nas recentes análises do mercado financeiro, que apontam uma pressão contínua sobre a inflação e uma atividade econômica ainda aquecida.
"A expectativa da Oby Capital é de que o Copom decida pelo aumento da Selic em 0,50%, para 11,25%aa. na reunião dessa semana, motivado especialmente pela continuidade das expectativas de inflação desancoradas e nível de atividade forte, com a taxa de desemprego nas mínimas históricas”, avalia Camilo Cavalcanti, sócio da gestora de fundos Oby Capital.
Histórico da Selic
Em setembro, o Copom já havia elevado a Selic para 10,75% ao ano, marcando o primeiro aumento em mais de dois anos, devido à valorização do dólar e às incertezas sobre o controle da inflação.
Vale lembrar que a última alta dos juros aconteceu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano.
Desde então, a taxa passou por uma série de cortes, totalizando seis reduções de 0,50 ponto percentual e uma de 0,25 ponto, ocorridos entre agosto do ano passado e maio deste ano.
Segundo previsão desta segunda-feira (04) do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a Selic deve fechar 2024 em 11,75% ao ano.
Após o encontro desta semana, o Copom terá mais uma reunião em 2024, marcada para os dias 10 e 11 de dezembro.
Entenda o cenário
A taxa Selic é o principal mecanismo utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação.
Com o aumento dos juros, a intenção do Copom é conter a demanda interna e, assim, frear o aumento dos preços, uma vez que os juros mais elevados dificultam o crédito e incentivam a poupança.
Por outro lado, uma queda na Selic tende a baratear o crédito, o que estimula o consumo e a produção, mas pode reduzir o controle sobre a inflação e aquecer ainda mais a economia.
Atualmente, o mercado financeiro estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, fechará o ano em 4,59%, superando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.
Aqui, cabe ressaltar que a meta de inflação definida pelo CMN para 2024 é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Com essas expectativas, o mercado segue atento às decisões do Copom e ao impacto da Selic sobre a economia, que pode continuar a desafiar o controle da inflação e o crescimento econômico no país.
*Com informações de Agência Brasil
Ana Claudia Piva
Jornalista profissional com mais de 20 anos de experiência (MTB 43.842/SP). Editora-chefe do Portal It's Money. Especialista em gestão de conteúdo pela Universidade Metodista de São Paulo e em Search Engine Optimization (SEO).
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