Produção industrial avança 1,1% em março, diz IBGE
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Produção industrial avança 1,1% em março, diz IBGE
10 mai 2023•Última atualização: 21 junho 2024
A produção industrial nacional cresceu 1,1% em março frente a fevereiro de 2023, na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com março de 2022, na série sem ajuste sazonal, houve crescimento de 0,9%. Com isso, o acumulado no ano foi de -0,4%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou estável (0,0%).
Março 2023/ Fevereiro 2023 | 1,1 |
Março 2023/ Março 2022 | 0,9 |
Acumulado no ano | -0,4 |
Acumulado em 12 meses | 0,0 |
Média móvel trimestral | 0,2 |
Três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 25 ramos pesquisados mostraram avanço na produção. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%), com a primeira intensificando o avanço de 0,5% de fevereiro; a segunda revertendo a queda de 0,7% no mês anterior; e a última acumulando alta de 8,6% em dois meses consecutivos de crescimento.
Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%), de outros equipamentos de transporte (4,8%), de produtos químicos (0,6%), de couro, artigos para viagem e calçados (2,8%) e de produtos de minerais não metálicos (1,2%).
Por outro lado, entre as oito atividades em queda, confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%) exerceu o principal impacto em março de 2023, interrompendo três meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou alta de 13,5%. Vale destacar também os recuos assinalados pelos ramos de móveis (-4,3%) e de produtos de metal (-1,0%).
Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas | ||||
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Grandes Categorias Econômicas | Variação (%) | |||
Março 2023 / Fevereiro 2023* | Março 2023 / Março 2022 | Acumulado Janeiro-Março | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Bens de Capital | 6,3 | -0,5 | -6,3 | -2,1 |
Bens Intermediários | 0,9 | -1,1 | -1,8 | -1,0 |
Bens de Consumo | -1,2 | 5,7 | 4,0 | 2,5 |
Duráveis | 2,5 | 11,1 | 8,9 | 3,7 |
Semiduráveis e não Duráveis | -0,5 | 4,7 | 3,2 | 2,2 |
Indústria Geral | 1,1 | 0,9 | -0,4 | 0,0 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas *Série com ajuste sazonal |
Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente ao mês imediatamente anterior, bens de capital (6,3%) e bens de consumo duráveis (2,5%) assinalaram as taxas positivas mais acentuadas em março de 2023, com primeira acumulando alta de 7,0% em dois meses consecutivos de avanço; e a segunda eliminando parte da perda de 2,7% acumulada nos dois primeiros meses de 2023. O setor de bens intermediários (0,9%) também cresceu e intensificou o avanço de 0,5% assinalado em fevereiro último.
Por outro lado, a única taxa negativa veio de bens de consumo semi e não duráveis (-0,5%), segundo mês de queda, período em que acumulou recuo de 0,7%.
Média móvel trimestral varia 0,2% no trimestre encerrado em março
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria foi de 0,2% no trimestre encerrado em março de 2023 frente ao nível do mês anterior.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, o setor de bens de capital (0,9%) assinalou a taxa positiva mais acentuada em março de 2023 e interrompeu a trajetória descendente iniciada em maio de 2022. O setor produtor de bens intermediários (0,2%) também apontou avanço nesse mês, após dois meses consecutivos de recuo na produção, período em que acumulou perda de 0,6%.
Por outro lado, os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (-0,2%) e de bens de consumo duráveis (-0,1%) assinalaram os resultados negativos em março de 2023, com o primeiro interrompendo a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2022; e o último marcando o segundo mês seguido de queda e acumulando redução de 0,3% nesse período.
Frente a março de 2022, produção industrial avança 0,9%
Frente a igual mês do ano anterior, o setor industrial cresceu 0,9%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 11 dos 25 ramos, 39 dos 80 grupos e 44,6% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que março de 2023 (23 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (22).
As principais influências positivas no total da indústria vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,2%), indústrias extrativas (3,3%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (15,7%). Também se destacaram as contribuições positivas de outros equipamentos de transporte (22,3%), de produtos de borracha e de material plástico (4,4%), de produtos alimentícios (0,7%) e de impressão e reprodução de gravações (17,5%).
Por outro lado, ainda frente a março de 2022, entre as 14 atividades em queda, produtos químicos (-9,5%) e metalurgia (-5,4%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria. Outros impactos negativos importantes foram assinalados por produtos de minerais não metálicos (-7,3%), produtos de madeira (-15,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,8%).
Categoria Bens de consumo duráveis cresceu 11,1% contra março de 2022
Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, os bens de consumo duráveis (11,1%) assinalaram a expansão mais acentuada. O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (4,7%) também mostrou resultado positivo nesse mês e com avanço mais intenso do que o observado na média da indústria (0,9%).
Por outro lado, os setores produtores de bens de capital (-0,5%) e de bens intermediários (-1,1%) registraram os recuos nesse mês.
O setor produtor de bens de consumo duráveis avançou 11,1% em março de 2023 frente a igual período do ano anterior, terceira taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. Nesse mês, o setor foi impulsionado, em grande medida, pela expansão na fabricação de automóveis (10,6%) e de eletrodomésticos da “linha branca” (24,7%) e da “linha marrom” (23,4%). Vale citar também os avanços registrados por motocicletas (12,5%) e pelos grupamentos de outros eletrodomésticos (43,3%) e de móveis (4,4%).
A produção de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 4,7%, quarta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação e a mais intensa desde maio de 2021 (14,4%). O desempenho positivo nesse mês foi explicado, principalmente, pelas expansões observadas nos grupamentos de carburantes (30,6%) e de não duráveis (9,6%), impulsionados, em grande medida, pelos avanços na fabricação de gasolina automotiva e álcool etílico, no primeiro; e de medicamentos, preparações capilares, cigarros, inseticidas para usos domésticos e/ou industrial, desinfetantes e artigos de plástico para uso doméstico, no segundo.
Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados positivos dos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (0,1%) e de alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (0,4%), influenciados, principalmente, pelas expansões dos itens carnes e miudezas de aves congeladas, biscoitos e bolachas, vinhos de uvas, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes, massas alimentícias cozidas, bombons e chocolates em barras, leite condensado e óleo de soja refinado, no primeiro; e filés e outras carnes de peixes frescos, refrigerados ou congelados, no segundo.
Dos semiduráveis (-1,8%) veio o único impacto negativo nessa categoria, com a menor produção de camisetas, calças compridas (de malha ou não), vestuário e seus acessórios para bebês de malha, bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes (de malha ou não), calçados femininos de couro, discos de vídeo (DVDs), lustres e luminárias, bolsas e mochilas, roupas de dormir ou de banho, vestuário infantil e seus acessórios de malha, artefatos de alumínio para uso doméstico, tênis masculino, garrafas térmicas e vestidos (de malha ou não).
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de capital recuou 0,5% em março de 2023, sétima taxa negativa consecutiva nessa comparação. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, principalmente, pelos recuos observados nos grupamentos de bens de capital para energia elétrica (-19,7%) e agrícolas (-6,8%). Os demais resultados negativos foram registrados pelos grupamentos de para construção (-2,9%) e para equipamentos de transporte (-0,1%). Por outro lado, os impactos positivos foram assinalados pelos subsetores de bens de capital de uso misto (10,8%) e para fins industriais (1,1%).
O setor produtor de bens intermediários caiu 1,1% em março de 2023 frente a igual período do ano anterior, quarta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nos produtos associados às atividades de produtos químicos (-13,8%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,4%), de metalurgia (-5,4%), de produtos de minerais não metálicos (-7,3%), de produtos de metal (-1,6%), de celulose, papel e produtos de papel (-1,7%) e de máquinas e equipamentos
(-1,3%), enquanto as pressões positivas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,8%), indústrias extrativas (3,3%), produtos alimentícios (2,1%), produtos de borracha e de material plástico (3,7%) e produtos têxteis (1,2%).
Ainda nessa categoria, vale citar os resultados dos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-0,9%), que marcou o décimo nono recuo seguido nessa comparação, mas o menos intenso dessa sequência; e de embalagens (3,5%), que mostrou o quarto avanço consecutivo e o mais elevado desde maio de 2021 (10,6%).
Acumulado no ano tem variação negativa de 0,4%
O acumulado de 2023, frente a igual período do ano anterior, foi de -0,4%, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 42 dos 80 grupos e 52,0% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências negativas vieram de produtos químicos (-6,8%), produtos de minerais não metálicos (-9,6%), metalurgia (-4,6%) e produtos de madeira (-18,0%).
Vale destacar também as contribuições negativas dos ramos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,4%) e de máquinas e equipamentos (-3,7%). Por outro lado, entre as nove atividades em alta, indústrias extrativas (3,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (17,2%) exerceram as maiores influências.
Outros impactos positivos importantes vieram de outros equipamentos de transporte (14,8%), bebidas (4,8%) e produtos de borracha e de material plástico (3,8%). Entre as grandes categorias econômicas, os três primeiros meses do ano tiveram menos dinamismo para bens de capital (-6,3%) e bens intermediários (-1,8%), ambos com perda mais intensa do que a média da indústria (-0,4%). Por outro lado, houve altas nos acumulados no ano de bens de consumo duráveis (8,9%) e de bens de consumo semi e não duráveis (3,2%).
Fonte: IBGE
Redação It's Money
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