SBFG3: análise de resultado corporativo da Centauro

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SBFG3: análise de resultado corporativo da Centauro

20 nov 2023Última atualização: 20 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money
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O Grupo SBF (SBFG3), dono da marca Centauro, reportou lucro líquido ajustado de R$ 55,3 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23). Conforme o release da empresa, o valor é 61,4% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022.

“Após um 1º semestre de 2023 com foco em iniciativas para aumentar nossa eficiência operacional, nesse trimestre começamos a colher os frutos dessa estratégia em nosso P&L”, diz o relatório.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado no 3T23 (ex-IFRS) teve uma alta de 74,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 169,4 milhões.

“O crescimento observado em EBITDA e Lucro Líquido nesse trimestre é decorrente, principalmente, da diluição de despesas em 4,4 pontos percentuais na comparação com o terceiro trimestre de 2022 e em 4,6 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2023. Essa maior diluição é resultado das iniciativas para redução de despesas, alavancagem operacional decorrente do crescimento e da menor pressão em despesas logísticas devido a redução do nível de estoques que, apesar de ainda elevado, começa a dar sinais de melhora.”

Receita

Já em relação à receita líquida, a empresa alcançou R$ 1,793 bilhão entre julho e setembro, representando uma alta de 22% em relação ao mesmo período de 2022.

“Em Centauro, a estratégia de crescimento alinhada à demanda do mercado e o foco em redução de despesas e maior eficiência dos canais segue trazendo resultados positivos. No trimestre, o SG&A sobre receita da Centauro foi 4,4 pontos percentuais menor quando comparado com o segundo trimestre. Acreditamos que ainda há espaço para diluição adicional de despesas e devemos seguir perseguindo essa estratégia nos próximos trimestres.”

Análise de resultado SBFG3 (3T23)

“Esse resultado foi absurdamente melhor do que os outros que a empresa divulgou em 2023”, diz Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest, que faz análises dos resultados corporativos para o It’s Money.

Segundo ele, no trimestre anterior, a empresa teve problemas com um excesso de estoques, uma piora relevante no capital de giro e uma margem de lucro pequena.

“No trimestre atual, a SBF conseguiu realizar um corte de quatro pontos percentuais nas despesas e teve uma leve piora nos custos devido a queima de estoques na Fisia. Ou seja, com a normalização desse fator, devemos ter custos ainda melhores no futuro”, explica.

Renato diz que essa queima de estoques também era algo fora do radar, já que, o terceiro trimestre geralmente é mais fraco, com a expectativa de números melhores para o 4T.

“Gostei muito do movimento que a empresa fez e da velocidade com que conseguiram aplicar, porém, ela ainda tem problemas no endividamento de curto prazo e o preço do papel já reflete essa melhoria nos números, então para ela valorizar mais, teria que apresentar resultados ainda melhores.”

Histórico de resultados corporativos da SBFG3

O Grupo SBF (SBFG3), dono da marca Centauro, registrou prejuízo líquido de R$ 32,6 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo lucro líquido de R$ 31,7 milhões de um ano antes.

"Vivemos um cenário desafiador e por isso continuamos com foco total no controle de despesas e na melhora de nossas margens para impulsionar nossos resultados", informou o grupo.

Assim, diante desse cenário, o Ebitda (ex-IFRS) ajustado foi de R$92,3 milhões no 2T23. Por outro lado, nos primeiros seis meses do ano, foram R$226 milhões de Ebitda (ex-IFRS), uma alta
de 7,1% na comparação anual.

Além disso, a Centauro também informou que existe plano para redução de estoque em execução. "Ao longo dos próximos trimestres, isso será importante para a geração de caixa da companhia"

Análise de resultado SBFG3 (2T23)

Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest, considera que, operacionalmente, o resultado foi até ok, especialmente pelo bom crescimento na receita.
"O maior problema da empresa hoje são as dívidas, que tem 173 mi no caixa e 536 mi vencendo em 12 meses", reforça o analista.
Para piorar, segundo Reis, o grupo está queimando caixa devido a problemas no capital de giro e a baixa margem de lucro. Ou seja, a dívida se torna um problema ainda mais alto.
"Nesse trimestre precisaram antecipar recebíveis para aliviar o caixa e a cada resultado vão ter que tirar um coelho da cartola pra ver se resolve a dívida", avalia.
Por fim, Reis analisa que "não dá para saber até que ponto o mercado vai ignorar a alavancagem e fazer o papel de subir só por conta do operacional, mas eu ficaria de fora tranquilamente".

Redação It's Money

Redação It's Money

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