O que são Títulos Públicos e Privados e como investir neles

onde-investir

O que são Títulos Públicos e Privados e como investir neles

17 out 2022Última atualização: 20 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money
titulos-publicos-e-titulos-privados_its-money

Títulos públicos e privados são tipos de investimentos em renda fixa. Basicamente, os públicos são emitidos pelo governo, enquanto os privados são emitidos por empresas, bancos e financeiras. Mas existem vários modelos de títulos nas duas categorias.

Por isso pode parecer complicado entender todos os detalhes e escolher qual é o melhor título para se investir, não é mesmo?

E em se tratando de investimentos, sabemos que as melhores decisões costumam trazer maior rentabilidade e a possibilidade de multiplicar o patrimônio de maneira segura. 

Principalmente dentro desta modalidade, onde as diferenças entre eles impactam na cobrança de impostos, na forma da rentabilidade, na liquidez do título, no risco do investimento e na segurança que ele fornece ao investidor.

A boa notícia é que não é tão complicado quanto parece. Quer ver?

Preparamos este guia que explica o que são os títulos públicos e privados e como você pode investir neles. Acompanhe!

O que são Títulos Públicos

Títulos públicos são um tipo de investimento em ativos de renda fixa emitidos pelo governo através do Tesouro Nacional

Desde 2002, qualquer investidor pessoa física pode comprar títulos públicos porque a Bolsa de Valores brasileira (B3), juntamente com o Tesouro Nacional, criou o programa Tesouro Nacional Direto - conhecido como Tesouro Direto.

Por causa das suas características, os títulos públicos são investimentos muito seguros e de baixo risco.

Como funcionam os Títulos Públicos?

Eles funcionam assim: o governo emite papéis que representam a dívida pública, com objetivo de arrecadar dinheiro para os cofres públicos ou para financiar suas atividades em saúde, educação, segurança e outros serviços para a população.

E quem compra estes papéis está, de certa forma, emprestando dinheiro ao governo. Em troca, esse investidor recebe juros semestrais ou no vencimento da aplicação. E é assim que ele aumenta seu patrimônio.

Entretanto, este tipo de investimento pode ter taxa de administração, taxa de custódia, imposto de renda e IOF.

E em relação à liquidez, os títulos do Tesouro Direto possuem liquidez diária. Isso quer dizer que depois que investir você pode resgatar os valores a qualquer momento - não há a necessidade de esperar dias ou semanas para ter acesso ao dinheiro. Basta prestar atenção na regra do título que você escolheu.

Confira no vídeo abaixo uma breve explicação sobre os títulos do Tesouro Direto:

[embed]https://youtu.be/Ermj17wBy4k?list=PLva9zecA-nN3n0mnJQmCMDuihRr_gsVJ1[/embed]

Tipos de Títulos Públicos

Os títulos públicos variam de acordo com a frequência dos pagamentos dos juros aos investidores e o tipo de remuneração. Eles podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos.

Isso quer dizer que eles possuem um rendimento preestabelecido, um que não é estabelecido, e outro que combina as duas estratégias. 

E dentro dessa classificação existem alguns produtos com particularidades que também possuem influência na forma como esses juros ao investidor.

Entenda a seguir.

Títulos Públicos: exemplos

Vamos ver os exemplos? Acompanhe.

Títulos Públicos Prefixados

Neste tipo de título as taxas de juros são fixas e o investidor já sabe quais são na hora da compra

Por isso, é possível saber exatamente o valor que será recebido com o investimento. É uma opção interessante porque possibilita garantir uma rentabilidade conhecida no futuro.

E, dentro desta opção, ainda existem duas subdivisões: o Tesouro LNT e o Tesouro NTN-F.

Tesouro Prefixado LNT

Aqui, os juros são pagos na data do vencimento do título.

Tesouro Prefixado NTN-F

Neste tipo de Tesouro Prefixado, os juros são pagos de seis em seis meses.

É uma opção interessante de investimento a médio prazo.


Títulos Pós-fixados

Existem também alguns tipos de títulos públicos onde a taxa de juros é pós-fixada. Isso significa que ela não é fixa e pode variar de acordo com alguns fatores. Entenda.

Tesouro Selic (LFT)

Este tipo de título público baseia sua taxa de juros na Taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira.

Para se ter uma ideia, a Taxa Selic hoje (outubro de 2022) é de 13,75% ao ano. Então, investindo em um Tesouro Selic, essa será a rentabilidade atual para o investidor. Mas neste tipo de título, os valores dos juros têm pagamento somente no vencimento.

Porém, a Taxa Selic aumenta e diminui conforme a situação da economia. Por isso não há como ter certeza de como será o desempenho dos rendimentos no futuro, apesar de economistas divulgarem frequentemente previsões nesse sentido.

Por causa disso, o Tesouro Selic costuma ser mais indicado para investimentos a curto prazo.

Títulos Híbridos

Também conhecidos como títulos mistos, os híbridos são investimentos onde a taxa de juros utiliza duas estratégias: uma parte prefixada e outra pós-fixada.

Tesouro IPCA

IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Aqui, a taxa de juros recebida pelo investidor está atrelada à inflação

E nem é preciso dizer que a inflação também varia de acordo com a situação do país e é, portanto, imprevisível a longo prazo.

Porém, no Tesouro IPCA a taxa de juros se baseia tanto na inflação quanto na taxa de juros prefixados. Isso garante uma rentabilidade acima da inflação - o que significa manter o poder de compra do dinheiro.

Assim, este título oferece uma proteção extra para o investidor quanto às variações da inflação. Por isso ele é geralmente recomendado para investimentos de médio e longo prazo.

O Tesouro IPCA tem também dois modelos de aplicação que impactam no recebimento dos investimentos.

IPCA NTN-B Principal

Modelo onde os juros são pagos apenas no vencimento.

IPCA NTN-B

Aqui o investidor recebe os juros a cada seis meses.

O que são Títulos Privados

Títulos privados também são investimentos em renda fixa no qual papéis que representam dívidas são emitidos por empresas de capital aberto

Basicamente, possuem semelhanças com os títulos públicos, só que aqui quem emite os títulos não é o governo, mas - como o nome sugere - são as organizações que atuam no setor privado.

Da mesma forma, o investidor recebe juros por "emprestar" dinheiro às empresas, e eles podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos.

Geralmente, quem emite títulos privados são bancos, financeiras e securitizadoras. Basta elas terem o capital aberto.

Por isso, pode acontecer da empresa que emitiu os títulos passar por uma dificuldade financeira e não conseguir honrar com o pagamento do capital do investidor. O que faz parecer que esse tipo de investimento tem muitos riscos. 

Mas, não tem.

Isso porque há alguns tipos de Títulos Privados que possuem garantia pelo Fundo Garantidor de Crédito. Esse fundo protege o investidor em até R$1 milhão durante o prazo de quatro anos.

Em outras palavras, se a empresa for à falência, por exemplo, o Fundo cobre o prejuízo em até 1 milhão de reais.

Ou seja, o investimento em Título Privado pode ser totalmente seguro e rentável - basta escolher uma boa estratégia de diversificação e títulos confiáveis.

Tipos de Títulos Privados

Existem vários tipos de títulos privados e o que os diferencia são, principalmente: a forma como os juros são pagos, a cobrança dos impostos, os níveis de risco e a liquidez.

Portanto é importante conhecer os exemplos de títulos privados e suas particularidades. Isso ajuda a decidir entre os melhores títulos para compor a sua carteira de investimentos, já que quanto mais diversificada ela for, mais rentabilidade e segurança você terá.

De maneira geral, são prefixados, pós-fixados e híbridos.

Títulos privados: exemplos

Veja quais são os principais tipos de títulos privados.

CDB

Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) são os títulos mais populares entre os privados. Eles são  emitidos por bancos e os pagamentos de taxa de juros podem ser prefixados, pós-fixados ou baseados na inflação. 

O dinheiro captado pelos CDBs tem como objetivo custear empréstimos para os clientes dos bancos, além de quitar dívidas ou financiar projetos próprios.

Há CDBs de liquidez diária e outros com resgate no vencimento. O interessante dos CDBs é que eles são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Isso traz mais segurança para o investidor.

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio possuem semelhanças com os CDBs. A diferença é que todo o dinheiro captado pelas empresas que emitem os títulos é usado para financiar projetos dos setores do agronegócio e imobiliário

Outra particularidade dos LCIs e LCAs é que são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.

LC

LC são as Letras de Câmbio. Também se assemelham aos CDBs, mas são emitidos por financeiras

Aqui, o dinheiro tem como objetivo financiar empréstimos, como capital de giro. As LCs também são asseguradas pelo Fundo Garantidor de Crédito.

Debêntures

Os debêntures são títulos privados de sociedades anônimas (S/A). Os do tipo incentivados têm o dinheiro captado destinado para o financiamento de projetos de desenvolvimento do país. Isso inclui melhorias na infraestrutura, por exemplo.

Já os demais tipos de debêntures têm o dinheiro destinado para as empresas utilizarem como julgarem necessário, como no próprio crescimento, por exemplo.

Os debêntures do tipo incentivado não possuem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito, mas são isentos de imposto de renda.

Diferença entre Título Público e Título Privado

A principal diferença entre títulos públicos e privados é quem os emite. Como vimos, os títulos públicos são emitidos pelo governo, e os privados por empresas e instituições financeiras

Outra diferença que podemos destacar são os riscos. 

Apesar dos dois tipos serem de renda fixa, e, portanto, considerados investimentos seguros, os títulos públicos costumam ser as aplicações mais seguras do país. Isso porque têm pouca variação e a cobertura integral do Tesouro Nacional. 

Por este motivo, os títulos públicos chamam atenção de quem busca rentabilidade na renda fixa e está começando a investir. Ou não tem disponibilidade para monitorar de perto rendimentos mais voláteis que trazem maior retorno.

Já os títulos privados apresentam riscos um pouco maiores, mas por outro lado, costumam ter uma rentabilidade um pouco maior. Portanto eles fazem sentido nos investimentos de médio e longo prazo ou para investidores mais arrojados.

É melhor investir em Título Público ou Privado?

Agora que você já sabe como funcionam os títulos públicos e privados e as principais diferenças entre eles, deve estar se perguntando: qual é o melhor título para se investir?

A realidade é que não existe uma resposta definitiva. 

De maneira geral, quanto maior o risco do investimento, maior será seu retorno e rentabilidade. Por conta disso, os títulos privados podem apresentar rendimentos acima da média, o que agrada muitos investidores.

Por outro lado, os títulos públicos são bastante previsíveis e permitem ao investidor um planejamento mais preciso.

Pode-se dizer que os títulos privados são mais adequados para investidores com perfil arrojado, enquanto os públicos se encaixam no perfil dos conservadores, principalmente para investimentos de longo prazo.

Porém, essa análise deve levar em consideração outros fatores, como, por exemplo, os objetivos e as estratégias do investidor. Por isso, contar com ajuda profissional é a melhor opção na hora de escolher entre títulos públicos e privados.

Como investir em Títulos Públicos

Os títulos públicos são acessíveis a qualquer pessoa física, e podem ser adquiridos inclusive online. Existem muitas corretoras de valores que possuem aplicativos ou sites onde o investidor consegue adquirir títulos públicos diretamente.

  1. Basta escolher uma corretora confiável, que ofereça bom atendimento e taxas interessantes, abrir uma conta com ela, transferir o dinheiro que você quer aplicar para esta conta, selecionar o(s) título(s) e efetuar a compra.
  2. Contudo, sempre é bom contar com a ajuda e a estratégia de especialistas do mercado financeiro para realizar os melhores investimentos. Isso porque é importante conhecer a fundo cada detalhe dos títulos, para fugir de imprevistos no futuro.
  3. Nesse sentido, uma assessoria de investimentos pode te ajudar a escolher a melhor corretora e os títulos que irão multiplicar o seu patrimônio. A Blue3 faz este tipo de trabalho há 13 anos em várias cidades do Brasil, já tendo atendido mais de 30 mil clientes.

Como investir em Títulos Privados

Em resumo, o processo para investir em títulos privados se equipara com o processo dos títulos públicos. É preciso abrir uma conta em uma corretora de investimentos, transferir o dinheiro, escolher os títulos e começar a investir.

Mais uma vez, vale levar em conta parâmetros como:

  • Rentabilidade;
  • Custos, taxas e impostos;
  • Liquidez;
  • Tempo de investimento;
  • Vencimento e resgate;
  • Aporte mínimo.

O valor do aporte mínimo pode variar de acordo com a empresa e o título, por isso é necessário pesquisar para saber qual se encaixa no seu orçamento.

Mais uma vez, você pode contar com a ajuda de uma assessoria de investimentos renomada, como a Blue3, para aplicar de maneira assertiva em títulos privados.

Redação It's Money

Redação It's Money

A redação do portal It’s Money é formada por um time de profissionais com ampla experiência editorial, com acompanhamento e revisão de jornalistas especializados.

Saber mais

Gostou do conteúdo?

Queremos sempre melhorar a experiência a sua experiência. Se puder, dê uma forcinha para o time de redação e conte o que você achou da edição de hoje.

O que achou deste conteúdo?

  • Ruim
  • Ótimo
As melhores análises do mercado

Receba em primeira mão as melhores análises do mercado financeiro diretamente em sua caixa de entrada. Nossa newsletter oferece insights exclusivos, tendências e perspectivas sobre o mercado.

Deixe-me ler primeiro uma amostra