Lucro da Cielo (CIEL3) avança mais de 14% no 1T23, para R$ 503,3 milhões

Além disso, o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em 746,7 milhões de reais, baixa de 24,9% na base anual.

De acordo com o relatório divulgado pela empresa, "o desempenho foi influenciado pela melhora do resultado financeiro, custos normalizados e maior eficiência tributária".

Confira na tabela abaixo os destaques financeiros divulgados pela Cielo:

Análise de resultado CIEL3 (1T24)  

"Não gostei do resultado, a base de clientes segue caindo, assim como o yield captado no volume financeiro, afetando negativamente a receita", avalia Renato Reis,  analista CNPI-P na DVinvest.

Ele explica que, no lado dos custos, a empresa iniciou um programa comercial mais agressivo, aumentando suas despesas em quase 60% e reduzindo de forma relevante a margem de lucro da operação.

"De forma geral, como a empresa está passando por um processo de OPA, eu ficaria de fora devido ao risco de precisar aceitar uma oferta feita pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil, podendo ficar com uma ação sem negociação na Bolsa de Valores", finaliza.

Além da Cielo, confira o calendário de resultados do 1T24 e datas das próximas divulgações pelas demais empresas.

Histórico de resultados CIEL3 

 Agora, confira abaixo o histórico de resultados da Cielo (CIEL3), com um resumo dos principais números levantados no reporte das empresa, além da análise do especialista. Boa leitura!

Balanço corporativo Cielo (CIEL3) 4T23

A Cielo (CIEL3) registou lucro líquido recorrente de R$ 480,8 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23). O número representa uma alta de 5,3% em relação ao trimestre anterior. 

Entretanto, a empresa teve uma queda de 1,9% na comparação com o mesmo período de 2022. A Cielo explicou por meio de seu release de resultados que “a queda reflete os menores volumes processados pela Cielo Brasil e os maiores investimentos no time comercial e no processo de transformação operacional”. 

De acordo com relatório da DVinvest, a receita da Cielo está estagnada desde a chegada dos novos concorrentes no mercado.  Além disso, “analisando os dados operacionais da empresa, o volume transacionado reduziu 4,1% em relação ao ano anterior”, aponta a casa de análise. 

Ainda segundo a DVinvest, essa queda se deu tanto na modalidade de crédito quanto de débito, fruto de uma redução na base de clientes da empresa.  

“A estratégia foi a de retirar clientes menos rentáveis de dentro da base para manter somente os mais lucrativos. A consequência desse movimento é vista no yield. Ou seja, o quanto do total transacionado a empresa transformou em receita, que aumentou em relação ao ano passado”. 

Além da Cielo, confira os resultados corporativos do 4T23 já divulgados pelas empresas.

Análise de resultado CIEL3 (4T23)  

“Não gostei muito dos números, apesar da empresa estar seguindo a estratégia que sinalizaram no passado”, avalia Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest que faz análises dos resultados corporativos para o It’s Money. 

Além disso, Reis diz que a base de clientes continua caindo de modo que sejam mantidos somente os mais rentáveis. “Porém, mesmo com um aumento no yield, a queda no volume transacionado foi mais intensa, de modo que a receita reduziu”.

Entretanto, segundo ele, a margem de lucro, que era o grande destaque da empresa, parece ter estagnado no nível atual. Então, os resultados não devem se alterar muito no curto prazo. 

“Pessoalmente, não gosto muito de empresas que estão em uma fase de estagnação/decréscimo nos resultados, por isso prefiro ficar de fora”, finaliza o analista 

Balanço corporativo Cielo (CIEL3) 3T23

A Cielo (CIEL3) reportou lucro líquido de R$ 457 milhões no 3T23, alta de 8% sobre o resultado reportado no mesmo período do ano passado.

Assim, de acordo com a empresa, o resultado é o maior recorrente para um terceiro trimestre desde 2018. Assim, teve o 9º trimestre consecutivo de crescimento anual de lucro líquido recorrente.

Além da Cielo, Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Ambev, Lojas Quero-Quero, Isa Cteep, Intelbras, Assai, Irani,  Usiminas, Suzano, Multiplan, Copasa, Hypera, Neoenergia, Santander, Klabin, Romi e WEG já divulgaram os resultados corporativos do 3T23.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recorrente totalizou R$ 991,3 bilhão no 3T23, com queda de 1,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

Além disso, a margem Ebitda recorrente atingiu 37,9% entre julho e setembro deste ano, recuo de 0,3 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 3T22.

Análise

Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest que faz análises dos resultados corporativos para o It’s Money, diz que o resultado não foi positivo. “O volume transacionado diminuiu, com a empresa sendo mais seletiva em relação aos clientes. Por outro lado, não houve compensação suficiente no yield para a receita crescer”, disse.

Além disso, Renato destaca que a margem de lucro que estava apresentando melhorias em todos os trimestres, já voltou a piorar nesse 3T. O 2T já tinha sido ruim, e esse 3T foi pior, na minha visão.

Por fim, a dívida de curto prazo da Cielo é relevante e maior do que o caixa. “Não sei como o mercado vai reagir, até porque o preço do papel caiu bastante. Então, essas pioras já podem estar refletidas, mas eu não gostei dos números.”

Balanço corporativo CIEL3 2T23

A Cielo (CIEL3) registrou lucro líquido recorrente de R$ 486 milhões no 2T23, segundo balanço divulgado pela companhia.

Segundo o release de resultados, o lucro foi alavancado pelo desempenho operacional robusto, com novo avanço na margem Ebitda (Ebitda sobre receita) recorrente. Assim, o resultado representa um crescimento de 26,8% frente a mesma etapa do ano passado.

Por outro lado, o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente totalizou R$ 1,045 bilhão no 2T23, um crescimento de 14,3% em relação ao 2T22.

A margem Ebitda recorrente atingiu 39,6% entre abril e junho deste ano, alta de 3,6 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 2T22.

Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest, diz que o resultado não é considerado positivo. Isso porque a receita cresceu somente 4% de forma recorrente e os custos apresentaram leve aumento.

Sobre BVMF CIEL3

A Cielo (CIEL3) abriu capital na na bolsa em 2009 com a maior oferta inicial de ações do país até então. A ocasião, a B3 ainda se chamava BM&F Bovespa, e as ações da empresa geralmente eram buscadas na época como BVMF CIEL3.

Sobre o histórico, a Cielo é uma empresa do setor financeiro que foi fundada em 1995 e que atua no setor de máquinas de cartão, mediando pagamentos.

Até 2009, tinha a exclusividade das transações utilizando Visa no Brasil e, a partir de 2016, várias medidas foram tomadas para que o mercado desse setor fosse mais pulverizado.

Segundo a DVinvest, a entrada de grandes concorrentes como a Stone e a PagSeguro fizeram com que a Cielo perdesse uma fatia relevante no mercado e, como consequência, a ação da empresa caiu 95% no período.

Ademais, a casa de análise destaca que a receita da Cielo ficou estagnada desde a chegada dos novos concorrentes no mercado. Com destaque para uma queda constante na base de clientes, algo mantido no ano atual.

"Seus custos e despesas percentuais reduziram ao longo dos últimos anos devido ao foco da empresa de otimizar seus custos, mas aumentaram no ano atual devido a um programa comercial mais agressivo. Por fim, sua dívida é saudável e não preocupa no momento", explica.

CIEL3 CNPJ

Por fim, para facilitar a sua pesquisa sobre a empresa, o CIEL3 CNPJ (Cielo) é 01.027.058/0001-91. Em caso de dúvidas, não deixe de consultar a página oficial de relacionamento com investidores da companhia. 

Grafico CIEL3

Finalmente, confira abaixo o grafico CIEL3  com os principais indicadores técnicos da ação: