Fundos imobiliários para iniciantes: como começar a investir

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Fundos imobiliários para iniciantes: como começar a investir

18 mar 2024Última atualização: 12 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money
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Se você procura por dicas de Fundos Imobiliários para iniciantes precisa saber que o universo desses ativos vive um ponto de virada neste momento. Isso, graças às mudanças regulatórias que estão reconfigurando o ambiente.

Recentemente, ajustes nas normas de emissão e alterações legislativas abriram um ciclo de adaptação — e nós sabemos o quanto isto pode ser desafiador para quem está começando a investir em FIIs.

E como essas mudanças também podem representar oportunidades de investimento, iremos explicar como investir em Fundos Imobiliários a partir de agora, seja para iniciantes ou veteranos no mercado financeiro.

Além disso, no atual cenário econômico, com a redução das taxas de juros tornando a renda variável mais atraente, esses fundos se apresentam como uma alternativa valiosa.

Sendo assim, se você está explorando esse território pela primeira vez e busca entender o impacto das mudanças, este guia é um ponto de partida essencial. Por isso, acompanhe os principais pontos sobre como investir em FIIs. Boa leitura!

Fundos imobiliários para iniciantes: como investir e como funcionam

Antes de explorarmos como funcionam os Fundos Imobiliários e como investir, é importante entendermos o cenário atual dos FIIs. Acompanhe.

Mudanças: Fundos Imobiliários em 2024

Recentemente, alterações feitas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pela Lei 14.754 têm agitado o mercado, antecipando um futuro promissor para investidores.

Em 1º de fevereiro de 2024, o CMN divulgou ajustes nas normas para emissões de títulos isentos, tanto no setor agrícola quanto no imobiliário. Essas mudanças, embora exijam uma adaptação inicial, preveem aumentar a demanda por fundos de investimento que alocam nesses ativos, como os FIIs.

Com a projeção de escassez de papéis no mercado, espera-se que a demanda por Fundos Imobiliários cresça.

Além disso, a recente legislação sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva introduziu a possibilidade de uso dos imóveis do fundo como garantia para dívidas. Este movimento promete maior flexibilidade na gestão dos FIIs.

Apesar da necessidade de regulamentação adicional pela CVM - um dos principais órgãos reguladores - o mercado reagiu positivamente com o índice dos FIIs mais negociados, Ifix, mostrando sinais de otimismo. Visto isso, vamos nos aprofundar agora em como funcionam os Fundos Imobiliários.

O que são os fundos imobiliários

Se você ainda não está familiarizado com o tema, não se preocupe: nós explicamos o que são os Fundos Imobiliários de forma prática.

Fundos imobiliários, conhecidos pela sigla FIIs, são uma forma de investir no mercado imobiliário sem precisar comprar diretamente um imóvel.

Imagine um grande pote de investimento coletivo, onde várias pessoas colocam seu dinheiro. Esse pote, ou fundo, é usado para comprar ou financiar diversos tipos de propriedades — como shoppings, escritórios, galpões logísticos, e até hospitais.

Então, ao invés de lidar com aluguéis, IPTU e vendas de imóveis por conta própria, você compra cotas desse fundo na Bolsa de Valores. Como cotista, você recebe uma parte dos lucros gerados, geralmente na forma de dividendos mensais e proporcionais ao número de cotas que possui.

Onde comprar fundos imobiliários

O lugar onde você pode comprar Fundos Imobiliários (ou cotas dele) é na Bolsa de Valores. Para ter acesso a ela, você precisa ter uma conta em uma corretora de valores, como a XP Investimentos, por exemplo.

Hoje, com a internet, é fácil encontrar corretoras que oferecem plataformas de investimento acessíveis e repletas de recursos educativos.

Após abrir sua conta, você terá acesso ao home broker, uma ferramenta online onde é possível “entrar” na Bolsa e comprar e vender cotas de FIIs com apenas alguns cliques.

Como investir em fundos imobiliários pela primeira vez?

Se você quer saber como investir em fundos imobiliários pela primeira vez, saiba que não é complicado, mas requer um pouco de preparação. Confira.

  1. Escolha uma corretora: como mencionado, o primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora de valores. Verifique quais atendem suas necessidades e preferências.
  2. Eduque-se: antes de comprar suas primeiras cotas, é importante entender os fundamentos dos FIIs. Muitas corretoras oferecem cursos, webinars e artigos que podem ajudá-lo a começar.
  3. Analise e selecione: nem todos os FIIs são iguais. Alguns investem em shoppings, outros em escritórios ou galpões industriais. Analise os fundos disponíveis, considerando seu perfil de risco, objetivos e a diversificação desejada.
  4. Investimento inicial: determine quanto você está disposto a investir. Não é necessário um grande capital para começar, e é possível comprar cotas de alguns FIIs com valores acessíveis. Então, faça a ordem de compra no seu home broker, e pronto!

Além de pesquisar e entender direitinho os detalhes do fundo antes de investir, é sempre uma boa ideia ter o acompanhamento de um profissional. Um assessor de investimentos pode te acompanhar durante toda sua jornada, desde a definição do seu perfil de investidor, até a gestão da sua carteira.

Fundos imobiliários para iniciantes: rentabilidade e dividendos

Quando se trata de fundos imobiliários, dois dos aspectos mais atraentes para investidores iniciantes são a rentabilidade e seus dividendos.

Entender esses conceitos é fundamental para avaliar o desempenho dos FIIs e como eles podem complementar sua estratégia de investimento. Portanto, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre isso, a seguir.

Fundos imobiliários pagam dividendos?

Sim, Fundos Imobiliários pagam dividendos. Os FIIs são obrigados por lei a distribuir a maior parte (no mínimo 95%) de seus lucros aos cotistas, normalmente na forma de dividendos mensais.

E o melhor: esses pagamentos são isentos de imposto de renda para pessoas físicas, o que os torna atraentes para investidores que buscam uma fonte de renda passiva.

Mas atenção! Os dividendos podem variar de acordo com o desempenho do fundo e do mercado. Por isso, é importante analisar não apenas a frequência e o valor dos pagamentos passados, mas também a sustentabilidade desses dividendos no futuro.

Ou seja, aspectos como a qualidade e a localização dos imóveis no portfólio do fundo, a taxa de ocupação, e a solidez dos inquilinos, são todos cruciais para a geração contínua de renda.

Fundos imobiliários mais rentáveis

Agora, você pode estar curioso quanto aos Fundos Imobiliários mais rentáveis do mercado atualmente, certo? Bom, para responder a esta pergunta, é preciso considerar alguns fatores. Vamos lá.

A rentabilidade de um FII é influenciada por diversos aspectos, incluindo a gestão do portfólio de imóveis, a situação econômica do país, e as condições específicas do mercado imobiliário.

Além disso, assim como as ações, o preço das cotas de FIIs flutua no mercado conforme a oferta e demanda. Isso significa que você pode ter ganhos (ou perdas) de capital se decidir vender suas cotas por um preço mais alto (ou mais baixo) do que comprou.

Portanto, para saber quais são os Fundos Imobiliários de fato mais rentáveis para você, é preciso tanto verificar a situação atual do mercado, quanto fazer uma pesquisa pensando nos seus objetivos.

Mas, de maneira geral, podemos destacar que uma forma de se manter atualizado é acompanhar o Ifix, que é o índice que acompanha o desempenho dos FIIs mais negociados na Bolsa.

Ele é composto por cerca de 100 FIIs, e leva em conta tanto a distribuição de dividendos, quanto a variação do preço das cotas.

Na data da criação deste artigo, por exemplo, os Fundos Imobiliários mais negociados do índice eram o MXRF11 (Maxi Renda Fundo Invest Imobiliario) e o CPTS11 (Capitania Securities II). E o que registrava uma alta mais expressiva era o XPPR11 (XP Properties FII).

Lembramos apenas que as informações deste artigo não configuram sugestões ou indicações de investimentos, okay? O conteúdo aqui é apenas informativo.

Quanto rende 100 reais por mês em fundos imobiliários?

Uma dúvida comum de investidores iniciantes é saber quanto uma aplicação rende por mês. Contudo, para responder a esta pergunta, a melhor estratégia é fazer uma simulação com um investimento real, visto que a rentabilidade pode variar muito de um para outro. Sendo assim, vamos calcular quanto rende 100 reais por mês no Fundo Imobiliário XPPR11.

Neste caso, podemos começar analisando o dividendo atual por cota e a cotação atual da cota.

  • Com um dividendo atual por cota de R$0,07 e uma cotação atual de R$25,80, primeiro determinamos quantas cotas seu investimento de R$100 pode comprar.
  • Dividindo R$100 pela cotação atual de R$25,80, temos aproximadamente 3,88 cotas.
  • Agora, multiplicamos o número de cotas pelo dividendo para estimar o retorno mensal. Assim, 3,88 cotas vezes R$0,07 resultam em aproximadamente R$0,27 por mês.

Então, investir R$100 no FII XPPR11, com base nos dados atuais, poderia gerar aproximadamente R$0,27 em dividendos por mês. Porém, é importante lembrar que a rentabilidade passada não é garantia de resultados futuros.

Além disso, avaliar o desempenho do fundo, entender as métricas financeiras e considerar as tendências do mercado são passos cruciais antes de fazer um investimento.

Quanto rende 1 mil reais em fundos imobiliários?

Usando mais uma vez o FII XPPR11 como exemplo, vamos calcular quanto rende por mês um investimento de R$1.000 neste fundo imobiliário.

  • Com a cotação atual da cota a R$25,80, você pode comprar aproximadamente 38,76 cotas (R$1.000 / R$25,80).
  • Agora, considerando o dividendo atual por cota de R$0,07, multiplicamos o número de cotas pelo dividendo para estimar o retorno mensal.
  • Assim, 38,76 cotas vezes R$0,07 resultam em aproximadamente R$2,71 por mês em dividendos.

Dessa forma, um investimento de R$1.000 no FII XPPR11, com base nos dados atuais, poderia gerar um retorno aproximado de R$2,71 por mês em dividendos.

Esse cálculo serve como uma estimativa que ajuda a entender o potencial de rendimento dos FIIs, mas é importante considerar que o mercado está sujeito a flutuações e que os rendimentos podem variar.

Fundos imobiliários para iniciantes: segurança e tributação

Outro ponto importante quando o assunto é fundos imobiliários para iniciantes é a questão da tributação e segurança.

Entender esses elementos não só contribui para a diminuição dos riscos associados, mas também facilita um planejamento mais estratégico dos seus investimentos.

Sendo assim, nesta seção vamos explorar quais fundos imobiliários representam as opções mais seguras, além de entender como funciona a tributação deste tipo de aplicação. Acompanhe.

Quais os fundos imobiliários mais seguros?

Quando falamos sobre os Fundos Imobiliários mais seguros, há algumas coisas que precisamos considerar. Vamos lá:

  • Regulação: os Fundos Imobiliários são cobertos pela Comissão de Valores Mobiliários, a CVM. Isso quer dizer que podem ser considerados seguros do ponto de vista de um possível descumprimento dos pagamentos.
  • Riscos: mesmo com a CVM monitorando, os FIIs têm seus riscos. O risco do mercado, que é quando o valor dos imóveis sobe e desce, ou de inadimplência. São raros, mas eventualmente pode acontecer.
  • Fatores: o nível de segurança de um FII depende do seu tipo, da qualidade da gestão, das condições do mercado e da sua liquidez por exemplo.

Por isso, para escolher os fundos imobiliários mais seguros, aqui vão algumas dicas:

  • Olho no gestor: veja quem está por trás do fundo. Um gestor com boa experiência faz diferença.
  • Inadimplência e contratos: é importante ver como o fundo lida com quem atrasa o aluguel e os detalhes dos contratos de locação.
  • Diversificar é chave: não coloque todo o seu dinheiro em um tipo só de FII. Misturar tipos diferentes, como shoppings e escritórios, pode ajudar a diminuir os riscos.

Tributação dos fundos imobiliários

É importante notar que, no final de 2023, a legislação da tributação dos fundos imobiliários passou por algumas mudanças.

A principal foi que a isenção de imposto de renda sobre os dividendos dos FIIs para pessoas físicas foi mantida, mas com uma nova regra. A partir de agora, para ter direito à isenção, o FII precisa ter no mínimo 50 cotistas e ser negociado em bolsa ou mercado de balcão.

Porém, se você vender suas cotas por um preço maior do que comprou, tem que pagar IR. A alíquota é de 20% sobre o lucro, e você mesmo deve calcular e pagar esse imposto através do Carnê-Leão até o último dia útil do mês seguinte à venda.

Fundos imobiliários para iniciantes: 4 boas práticas para investir

Para quem é iniciante no mundo dos Fundos Imobiliários, há algumas boas práticas que podem fazer toda a diferença na sua experiência de investimento. Vamos a elas:

1 - Eduque-se

Antes de tudo, invista um tempo aprendendo sobre o que são os FIIs, como funcionam, e os termos relacionados a eles. Existem muitos recursos gratuitos online, como artigos, vídeos e cursos que podem te ajudar nisso.

2 - Defina seus objetivos

Pergunte a si mesmo por que você quer investir em FIIs. É pela renda passiva mensal? Pela diversificação do portfólio? Seus objetivos vão guiar suas decisões de investimento, ajudando a escolher os fundos que mais se alinham com o que você busca.

3 - Atenção à gestão e à saúde financeira do fundo

Analise quem está gerenciando o fundo e como está a saúde financeira dele. Veja os relatórios gerenciais, a taxa de vacância (imóveis não alugados), inadimplência entre os locatários e outros indicadores. Fundos bem gerenciados tendem a oferecer melhores resultados a longo prazo.

4 - Consulte um assessor de investimentos

Por último, mas definitivamente não menos importante, considere a possibilidade de consultar um assessor de investimentos. Com a ajuda de um assessor, você pode tomar decisões mais informadas e alinhar suas escolhas de FIIs com sua estratégia geral de investimentos.

Seguindo essas práticas, você estará no caminho certo para fazer investimentos mais seguros e potencialmente lucrativos em Fundos Imobiliários, mesmo sendo iniciante. Bons investimentos!

Redação It's Money

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A redação do portal It’s Money é formada por um time de profissionais com ampla experiência editorial, com acompanhamento e revisão de jornalistas especializados.

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