Ambev (ABEV3) reporta lucro consolidado de R$ 4,53 bilhões no 4T23, queda de 10,9%

A Ambev (ABEV3) reportou lucro líquido consolidado de R$ 4,528 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), o que representa uma queda de 10,9% ante o mesmo período do ano anterior (4T22).

Já o lucro líquido ajustado foi de R$ 4,667 bilhões, valor 11,9% inferior ao ano anterior

Além disso, o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 7,151 bilhões. Número 0,6% superior ao ano anterior no conceito reportado e avanço de 49% no conceito orgânico.

"Entregamos um final de ano forte, liderado pelo Brasil e pela CAC. 2023 foi mais um ano de melhoria consistente, na medida em que a execução da nossa estratégia proporcionou crescimento sustentado e melhor rentabilidade", observa Jean Jereissati, CEO da Ambev.

Segundo leitura da casa de análise DVinvest, a companhia apresentou receita líquida de R$ 32,2 bilhões em 2012 e R$ 79,7 bilhões em 2023, um crescimento médio de 8,5% ao ano.

"Porém, caso seja retirado o ano de 2021, no qual os preços dos alimentos e bebidas aumentaram exponencialmente, o crescimento da empresa teria sido de 7,5% ao ano. Em 2023 a receita apresentou crescimento de 0,04%, bem abaixo da média histórica", avalia a DVinvest.

Resultado trimestral Ambev (ABEV3)

A seguir, confira abaixo os principais destaques do resultado trimestral da Ambev (4T23):

• Volume Total: -0,1% vs AA 2023: -1,1% vs AA;
• Receita Líquida 4T23: 29,5% vs AA 2023: 24,1% vs AA;
• Lucro Ajustado 4T23: R$ 4.667,5 milhões 2023: R$ 15.227,2 milhões;
• Ebitda Ajustado 4T23: 49,0% vs AA 2023: 42,6% vs AA;
• Fluxo de caixa das atividades operacionais 4T23: R$ 13.949,0 milhões 2023: R$ 24.711,4 milhões.

Análise de resultado ABEV3 (4T23)

"Foi um resultado bem bagunçado, por conta da dinâmica de inflação na Argentina. Mas, excluindo esses efeitos, os números apresentaram uma tendência semelhante ao dos primeiros nove meses. Com uma receita mais fraca, mas custos bem melhores", avalia Renato Reis, analista fundamentalista na DVinvest.

Além disso, segundo ele, com a queda nos principais insumos da empresa, a projeção é de que 2024 seja tão bom quanto 2023. "O que seria bastante positivo. Porém, vejo pouca gordura para comprar o papel hoje", finaliza.

Além da Ambev, confira os resultados corporativos do 4T23 já divulgados pelas empresas.

Histórico de resultados ABEV3

Agora, confira abaixo o histórico de resultados da Ambev (ABEV3), com um resumo dos principais números levantados no reporte das empresa, além da análise do especialista. Boa leitura!

Balanço corporativo ABEV3 3T23

A Ambev (ABEV3) reportou um lucro líquido consolidado de R$ 4 bilhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), crescimento de 24,9% em relação ao mesmo período DE 2022. A empresa também divulgou lucro líquido ajustado, de R$ 4,038 bilhões, 25,1% maior que o apurado um ano antes.

A empresa divulgou o resultado nessa terça-feira (31). Além da Ambev, Lojas Quero-Quero, Isa Cteep, Intelbras, Assai, Irani,  Usiminas, Suzano, Multiplan, Copasa, Hypera, Neoenergia, Santander, Klabin, Romi e WEG já divulgaram os resultados corporativos do 3T23.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado foi de R$ 6,584 bilhões. Ou seja, montante 17,6% maior em relação ano passado.

“O 3T23 foi mais um trimestre de crescimento e rentabilidade graças à execução consistente da nossa estratégia, com desempenho positivo da receita líquida e alavancagem operacional”, Jean Jereissati, diz o CEO da Ambev no Release de Resultados.

Receita

Além disso, a receita líquida somou R$ 20,317 bilhões entre julho e setembro. Assim teve uma leve queda de 1,3% ante o 2T22.

“Nossa estratégia desde a pandemia do Covid-19 foi construída em torno de uma recuperação liderada pela receita líquida, seguida por melhora do Ebitda e da rentabilidade. Nossos resultados do 3T23 ilustram bem como temos conseguido executar consistentemente esse plano”, diz a nota da empresa.

Análise de resultado ABV3 (3T23)

Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest que faz análises dos resultados corporativos para o It’s Money, diz que o resultado foi positivo.

“Apesar da receita ter vindo um pouco mais fraca devido a uma queda na demanda no Canadá e países latinos, a margem de lucro da empresa deu um salto importante e pode ter marcado uma virada de chave”, disse.

Segundo Renato, desde 2012, os custos e despesas percentuais estavam aumentando devido a maior concorrência no setor. Mas, em 2023 estão reduzindo, fruto de diversos ganhos de eficiência por parte da Ambev.

“Apesar de não achar a empresa barata, ela é bem estável e a virada no operacional me chama a atenção, pode ser que o papel volte a subir a partir de agora.”

Balanço corporativo ABEV3 2T23

A Ambev (ABEV3) reportou um lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre de 2023 (2T23). Assim, teve uma queda de 15,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

Por outro lado, a receita líquida da Ambev foi de R$ 18,8 bilhões no trimestre, alta de 5,1% frente os R$ 17,9 bilhões registrados no resultado no mesmo período do ano anterior.

“Nosso desempenho da receita líquida permaneceu resiliente e as pressões de custos continuaram a desacelerar, levando ao crescimento do Ebitda e à expansão da margem Ebitda ajustado em todas as nossas unidades de negócios reportadas no trimestre”, diz a empresa no release de resultados.

“Embora o volume tenha sido impactado por indústrias mais fracas em alguns de nossos principais mercados, a receita líquida aumentou 20,0%.”

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, por sua vez, foi de R$ 5,2 bilhões. Queda de 4,7% ante o número registrado no mesmo período do ano de 2022.

Internacional

Já nas operações internacionais da Ambev, o volume positivo (+0,6%) na América Latina Sul (LAS) – apesar de um contínuo ambiente macroeconômico desafiador na Argentina – foi mais do que compensado pela América Central e Caribe (“CAC”) (-2,8%) e Canadá (-6,2%).

Análise de resultado ABEV3 (2T23)

Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest, avalia que a empresa segue melhorando em relação a 2022. Isso em suas margens de lucro, devido especialmente a um bom poder de repasse de preços por parte da empresa.

“No 2T23, o volume vendido reduziu 2% e a receita orgânica (sem aquisições) cresceu 20%. Ou seja, tudo foi fruto de repasse nos preços”, explica.

Com isso, a margem de lucro também melhora. De todo modo, acho que o papel está no preço atualmente.