Quais os investimentos garantidos pelo FGC? Descubra aqui!
educacao-fincanceira
Quais os investimentos garantidos pelo FGC? Descubra aqui!
23 jun 2024•Última atualização: 26 junho 2024
![Redação It's Money](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fcms.itsmoney.com.br%2Fapp%2Fuploads%2F2024%2F06%2Fchannels4_profile.jpg&w=64&q=75)
![](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fcms.itsmoney.com.br%2Fapp%2Fuploads%2F2023%2F02%2Fsarah-agnew-1gvDqPVkwSo-unsplash-1.webp&w=1920&q=75)
Quem procura por maneiras de poupar dinheiro e fazê-lo render já se deparou com a informação de que certos investimentos são garantidos pelo FGC.
Resumidamente, isso significa que há garantia de recebimento do capital, ou de parte dele, caso a instituição financeira cujo dinheiro está aplicado declare falência.
Mas, você sabe exatamente quais são os investimentos garantidos pelo FGC e como essa ferramenta funciona?
É o FGC, por exemplo, que torna a caderneta de poupança tão segura e justamente por isso uma opção tão popular. O que nem todo mundo sabe é que o FGC garante também outras opções de investimento, inclusive com remunerações bem maiores.
Claro, a cobertura do FGC não é ilimitada e não opera em todos os tipos de aplicações.
E por isso é importante entender suas regras e como ele funciona para fazer escolhas acertadas de investimento.
Até porque é natural que a maioria dos investidores, especialmente os menos experientes, busquem por investimentos com os quais se sintam menos vulneráveis.
Então, vamos entender mais?
Acompanhe o conteúdo para ficar por dentro de todos os detalhes do FGC e não ter dúvidas na hora de aplicar seu dinheiro.
O que é FGC?
FGC é o Fundo Garantidor de Crédito e ele funciona como se fosse um seguro para algumas operações financeiras e investimentos.
Trata-se de uma entidade privada sem fins lucrativos, criada em 1995 e que protege investidores.
Na prática, funciona assim: quando uma instituição financeira declara falência, liquidação ou intervenção, o investidor tem direito de receber o valor aplicado mais os juros para não sair no prejuízo.
Por isso, o FGC é muito importante para trazer mais segurança - especialmente para os investidores com perfil conservador. Além disso, a opção é interessante porque atrai esse perfil para outros produtos de renda fixa além da tradicional poupança.
Segundo o próprio FGC, seus principais objetivos são:
- Proteger depositantes e investidores até o valor limite;
- Ajudar a manter a estabilidade do sistema financeiro;
- Ajudar na prevenção de uma crise bancária.
Vale ressaltar que tem sido crescente o número de pessoas que, mesmo sem grande experiência ou conhecimento avançado em mercado financeiro, estão buscando rentabilidades acima da caderneta de poupança. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados (Anbima), a preferência pela poupança caiu de 89% para 23% nos últimos 4 anos.
E o fato de existir um garantidor de crédito como o FGC contribui para essa movimentação, especialmente porque investidores deste tipo querem certeza de que não irão perder aquilo que construíram e ao mesmo tempo desejam ganhar mais.
FGC: como funciona
O funcionamento do FGC é essencialmente simples: o investidor recebe o seu dinheiro de volta, ou uma parte dele, acrescido dos juros caso a instituição na qual ele aplicou não possa pagar.
O Fundo Garantidor de Crédito leva em média até 3 meses para realizar a operação de pagamento dos valores para os investidores que têm direito à garantia.
Durante o intervalo entre o acionamento do Fundo até o recebimento, não há rendimento dos valores. Eles são computados somente até o momento em que o Banco Central decreta a falência ou liquidação da instituição financeira.
FGC: como ele foi criado e é mantido?
Ajudando a proteger o mercado financeiro, o FGC foi criado a partir da associação de diversas entidades financeiras e bancárias. Elas que mantêm o Fundo e também são beneficiadas por sua existência.
Inclusive, de acordo como Banco Central, são obrigadas a se associar ao FGC todas as entidades que atuam com:
- recebimentos de depósito;
- captação de recursos por meio de títulos e letras hipotecárias;
- operações com letras de câmbio.
Portanto, são aderentes ao FGC entidades como a Caixa Econômica Federal, instituições formadas como bancos múltiplos, comerciais, de investimentos, de desenvolvimentos, sociedades de crédito, financiamentos e investimentos, sociedades de crédito imobiliário, companhias hipotecárias e associações de poupança e empréstimo.
Cada uma delas contribui com 0,0125% do valor dos depósitos mensais para o fundo. O valor acumulado é usado para pagar os clientes em caso de falência de alguma delas.
O patrimônio atual do FGC é algo acima dos R$60 bilhões e a entidade nunca falhou no pagamento aos clientes.
CDB é garantido pelo FGC?
O CDB é sim garantido pelo FGC. Seja o Certificado de Depósito Bancário prefixado, pós-fixado, ou híbrido, estará sempre assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito.
Sendo assim, o investidor pode escolher o tipo de investimento que mais tem a ver com o seu perfil e com seus objetivos. Basta considerar o tipo de remuneração, tendo a certeza de que não ficará sem seu dinheiro caso o banco vá à falência.
Além disso, o CDB é um produto financeiro de fácil contratação e resgate. Não são necessários altos valores para investir, nem operações complicadas - tanto para aplicar, quanto para receber.
Tesouro Direto é garantido pelo FGC?
Muitas pessoas se perguntam se o Tesouro Direto é garantido pelo FGC por ser considerado um dos investimentos mais seguros. Mas na realidade ele não é garantido pelo FGC.
Contudo, os títulos do Tesouro Direto são emitidos pelo Tesouro Nacional - portanto, o governo fica responsável pelo seu pagamento.
Sendo assim, é um dos investimentos mais seguros porque quem garante o seu pagamento são os cofres públicos.
A falta de honra com o pagamento dos investidores individuais por parte do governo geraria uma crise institucionalizada, causada também pela consequente falta de credibilidade.
Por conta disso, mesmo o Tesouro Direto não sendo garantido pelo FGC, continua sendo um investimento de alta segurança.
Poupança tem FGC?
Sim, depósitos e saldos da poupança são cobertos pelo FGC para o limite de até R$250 mil. Isso significa que se o banco quebrar, você recebe o reembolso até esse valor.
Por conta desse fator, muitas pessoas tendem a achar que a poupança é o único instrumento financeiro realmente seguro para se aplicar o dinheiro ao longo dos anos.
Contudo, como você pode perceber neste artigo, existem outros produtos financeiros garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito - o que significa que são tão seguros quanto.
Ademais, em comparação a estes outros meios de investimento, a poupança costuma ser um dos menos rentáveis. Por isso, é importante conhecer quais são os investimentos garantidos pelo FGC, para escolher as melhores opções para seu dinheiro render mais, de forma segura.
Atualmente, a poupança rende 0,5% ao mês, mais a Taxa Referencial (TR). Quando a Selic cai para menos de 8,5% ao ano, a poupança passa a render 70% o valor da Selic mais a TR.
O FGC só existe no Brasil?
Não. Existem entidades semelhantes que cumprem o papel de garantidoras de crédito em mais de 100 países.
Inclusive, a primeira surgiu nos Estados Unidos em 1933, devido à crise do sistema financeiro e bancário registrado no país.
Outros países chegam a ter mais de um sistema garantidor de crédito e depósitos, com diferentes tipos de cobertura.
Limite do FGC
O limite do FGC é de R$250 mil por CPF por instituição bancária. Em outras palavras, esse é o valor máximo da sua cobertura por pessoa física em uma instituição.
Isso significa que é possível ter a cobertura de valor superior, caso esteja dividido entre mais de uma entidade financeira e desde que até R$250 mil em cada uma delas.
Então supondo que você tenha R$250 mil no banco X, mais R$250 mil no banco Y e mais R$250 mil no banco Z, terá a cobertura de 100% do dinheiro. Porém, é preciso pesquisar para saber se os bancos ou instituições financeiras em questão não fazem parte do mesmo conglomerado.
No entanto, é importante atentar-se à regra do CPF. Quando a conta é conjunta, o limite da cobertura do FGC não se duplica. Isso significa que cada pessoa tem o direito de receber a metade, isto é, R$125 mil.
Além disso, há um teto de R$1 milhão para o período de 4 anos, estabelecido em 2017. Isso quer dizer que você pode acionar o FGC de várias instituições financeiras até o limite de R$1 milhão, podendo então acioná-lo novamente apenas dentro de 4 anos.
As regras valem tanto para quem mora no Brasil quanto para quem está no exterior e mantém investimentos no país.
Outra garantia oferecida pelo FGC
Além da garantia com limite de R$250 mil, o FGC oferece outra cobertura com valor superior. É conhecida como garantia especial e aplica-se apenas aos Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE), que são títulos de renda fixa.
Os DPGE servem para auxiliar instituições financeiras menores a captarem recursos. O valor limite da cobertura do FGC neste caso é de R$20 milhões.
Como saber se tem FGC em um investimento?
Para saber se um investimento tem FGC basta ler sobre seus detalhes antes de aplicar. Por se tratar de uma vantagem e um diferencial, é uma informação que costuma ficar bastante clara e visível nas informações de um ativo.
Outra forma de saber é consultando a lista dos investimentos garantidos no site do FGC - ou neste mesmo conteúdo, no tópico abaixo.
Além disso, é importante observar que, mesmo sendo um garantidor de crédito, o FGC pode não conseguir fazer o pagamento para todos os investidores caso ocorra uma crise generalizada.
Imaginando um cenário hipotético onde diversos bancos fecham simultaneamente, é possível que muitas pessoas fiquem sem receber tudo a que tinham direito pela falta de capacidade de cobertura amplificada.
Portanto, investir de maneira diversificada ainda é a estratégia mais segura para fazer o dinheiro render. Aqui, entraram ações, fundos e previdência privada, por exemplo.
Quais investimentos são garantidos pelo FGC?
Praticamente todas as aplicações em renda fixa emitidas por entidades privadas são garantidos pelo FGC, como:
- Saldo da conta-corrente;
- Saldo da conta poupança;
- Depósitos à vista;
- CDB (Certificados de Depósito Bancário);
- LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio);
- LC (Letras de Câmbio), e LH (Letras Hipotecárias);
- RDB (Recibos de Depósito Bancário);
- Operações compromissadas;
- Depósitos destinados ao pagamento de prestação de serviços, aposentadorias e salários.
Isso significa que todos esses ativos têm a mesma segurança da conta-corrente e da conta poupança, porém com a possibilidade de rendimentos superiores.
O que o FGC não cobre?
O FGC não cobre investimentos em renda variável - como as ações, títulos de capitalização, fundos de investimento e previdência privada.
Também não são cobertos alguns investimentos em renda fixa, como debêntures, Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Letra Imobiliária Garantida (LIG).
Além disso, o FGC não cobre perdas relacionadas com baixa rentabilidade ou índices negativos. Ele é acionado apenas quando a entidade responsável pela aplicação realmente declara falência ou estados similares.
Dica para investir com segurança
Saber que existe o FGC disponível em um investimento é um bom ponto de partida para investir com segurança e fazer uma escolha estratégica. Principalmente se você tem receio de riscos mais raros, como perder seu dinheiro caso o banco quebre.
Entretanto, para investir com segurança e ainda contar com as melhores opções de diversificação, o ideal é estar bem informado.
Isso vale tanto para a situação financeira e política nacional e mundial, quanto para o mercado financeiro e as especificidades dos seus produtos.
Por isso, resumidamente, a melhor maneira de investir com segurança e ver o dinheiro render de verdade é com ajuda de uma assessoria de investimentos.
O motivo é simples.
Entender como funcionam os vários tipos de investimentos e ainda saber quais fatores impactam seus resultados é a chave para um bom negócio.
Isso porque, por mais aventureiro que possa parecer investir em ativos menos tradicionais, a realidade é que o sucesso vem de muito estudo e atenção aos detalhes.
É importante prestar atenção nas taxas, índices do mercado, no histórico de rentabilidade, no setor relacionado e no que dizem os especialistas.
Quando o investidor está atento a isso, ele consegue perceber quando um investimento é potencialmente arriscado ou quando uma instituição financeira vai mal.
O contrário também é verdadeiro. Identificar boas oportunidades é possível através do estudo e da observação. Muitos dos melhores investimentos ocorrem ao saber aplicar na hora certa.
Além disso, não podemos esquecer que para fazer bons investimentos é imprescindível ter estratégia, metas e objetivos.
Investindo de maneira profissional
Para delimitar suas estratégias e ainda fazer as melhores escolhas de investimentos você pode sempre contar com a ajuda de um assessor.
Até porque nem sempre é fácil conseguir estar informado a respeito de tudo o que envolve o mercado financeiro e desenhar uma carteira lucrativa e segura.
Já um assessor de investimentos tem o conhecimento necessário para te ajudar a estruturar uma carteira diversificada e focada nos seus objetivos. Dessa forma, o nível de risco fica alinhado com o seu perfil, trazendo sempre as melhores rentabilidades.
A Blue3 Investimentos, por exemplo, é uma empresa especializada em serviços de assessoria para investidores - sejam eles iniciantes ou experientes.
E independentemente do objetivo ser uma reserva de segurança ou viver de renda passiva, os investimentos ficam sempre mais seguros ao serem acompanhados por um assessor.
![Redação It's Money](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fcms.itsmoney.com.br%2Fapp%2Fuploads%2F2024%2F06%2Fchannels4_profile.jpg&w=256&q=75)
![Redação It's Money](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fcms.itsmoney.com.br%2Fapp%2Fuploads%2F2024%2F06%2Fchannels4_profile.jpg&w=96&q=75)
Redação It's Money
A redação do portal It’s Money é formada por um time de profissionais com ampla experiência editorial, com acompanhamento e revisão de jornalistas especializados.
Saber mais