Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) reduz prejuízo no 2T24
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Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) reduz prejuízo no 2T24
6 ago 2024•Última atualização: 7 agosto 2024
O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) reduziu o prejuízo líquido consolidado no segundo trimestre de 2024 (2T24). O número ficou em R$ 332 milhões, o que representa uma melhora de 21,9% em comparação ao prejuízo de R$ 425 milhões no mesmo período de 2023.
Além disso, o Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) ajustado da empresa alcançou R$ 396 milhões no 2T24, um aumento significativo de 57,2% em relação aos R$ 252 milhões registrados no 2T23.
Já a margem EBITDA ajustada também apresentou um avanço, passando de 5,7% no 2T23 para 8,8% no 2T24.
Por outro lado, a receita líquida do Pão de Açúcar no segundo trimestre de 2024 totalizou R$ 4,489 bilhões, um crescimento de 2,5% em comparação aos R$ 4,381 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Confira abaixo outros destaques financeiros divulgados pelo Pão de Açúcar:
Acesse o relatório completo no site da empresa.
Análise
"Operacionalmente o resultado foi bom, com o GPA apresentando mais um aumento nas margens, fruto de boas estratégias de precificação, mesmo que isso tenha afetado negativamente o volume de vendas", obseva Renato Reis, analista fundamentalista na DVinvest.
Por outro lado, segundo ele, a maior preocupação são as dívidas, que apesar de não serem tão altas, possuem juros caros, consumindo um valor maior do que o grupo consegue gerar na operação, formando uma bola de neve negativa.
"Caso ela consiga resolver esse problema, a ação tem muito potencial, porém, prefiro ficar de fora no momento", pondera o analista.
Além do Pão de Açúcar, confira os resultados corporativos do 2T23 já divulgados pelas empresas.
Histórico de resultados PCAR3
Agora, confira abaixo o histórico de resultados do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), com um resumo dos principais números levantados no reporte das empresa, além da análise do especialista. Boa leitura!
Balanço PCAR3 4T23
O GPA (PCAR3), ou Grupo Pão de Açúcar, reportou um prejuízo líquido de R$ 303 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), uma redução de 72,5% ante o mesmo período do ano anterior (4T22).
Além disso, o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 404 milhões, com alta de 39% em relação ao 4T22.
Por outro lado, a margem Ebtida ajustado ficou em 7,7%, 0,7 ponto percentual acima do registrado no trimestre imediatamente anterior.
Análise
"Achei o resultado bem interessante. O SSS (Same Store Sales) foi o melhor entre as empresas de varejo alimentar, sinalizando um bom poder de repasse", avalia Renato Reis.
Além disso, segundo ele, o turnaround do grupo funciona bem no momento. Com a margem apresentando evoluções consecutivas há 8 trimestres, chegando cada vez mais próxima a um cenário de geração de caixa.
"A dívida me preocupa devido ao volume. Dessa forma, a empresa precisa realizar de forma relativamente rápida sua virada operacional para que não tenha complicações no futuro. A elevação no preço alvo já conta com algumas melhorias na margem de lucro. Assim, o mais recomendado é aguardar até que números melhores de fato apareçam no resultado", pondera.
Além do Grupo Pão de Açúcar, confira os resultados corporativos do 4T23 já divulgados pelas empresas.
Balanço PCAR3 3T23
O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) reportou um prejuízo líquido consolidado de R$ 1,295 bilhão no terceiro trimestre de 2023. Assim, alcançou um valor quase quatro vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2022.
A empresa divulgou o resultado nessa segunda-feira (30). Além do Grupo Pão de Açúcar, Ambev, Lojas Quero-Quero, Isa Cteep, Intelbras, Assai, Irani, Usiminas, Suzano, Multiplan, Copasa, Hypera, Neoenergia, Santander, Klabin, Romi e WEG já divulgaram os resultados corporativos do 3T23.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado consolidado foi de R$ 1,137 bilhão. Ou seja, alta de 478% em relação a um ano antes.
Análise
“Operacionalmente eu gostei bastante do resultado, o crescimento orgânico foi de 5,7%, algo bom dado o cenário de deflação nos alimentos”, observa Reis.
Além disso, ele destaca que a margem de lucro, que era o ponto mais preocupante, melhorou. Isso apesar de ainda estar aquém de um nível "normal".
“As estratégias que a empresa tomou de melhorias na eficiência e no crescimento tem se provado positivas, algo que me chama a atenção para o papel. Ainda prefiro esperar mais um trimestre para ter clareza em como vai ser o balanço e a parte de dívidas pós-venda do Éxito. Mas a evolução operacional era o ponto que mais me preocupava, então gostei do que vi.”
Redação It's Money
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